O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Município de João Pessoa realizou ontem (quinta-feira) debate no auditório do Sintep para tratar da Reforma da Previdência Social proposta pelo governo federal e de formas de mobilização contra a aprovação dessa iniciativa, que se mostra altamente prejudicial à aposentadoria pelos integrantes da categoria.
O evento foi marcado por uma palestra do presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Heleno Araújo, que destacou os iminentes e graves prejuízos à população brasileira, sobretudo às professoras, que vão ter que trabalhar mais tempo e ainda terão seus salários reduzidos quando da aposentadoria.
“A ideia é termos uma grande reação popular para evitar que a Reforma seja aprovada. Nesse sentido, estamos fazendo esse debate em várias cidades, voltado à intensa mobilização que faremos na próxima sexta-feira 22, ocupando praças e ruas para dizer não a essa proposta, que que do jeito que está não tem como ser aprovada pelo Congresso Nacional”, afirmou.
Ele advertiu sobre o enorme prejuízo que os idosos – que têm direito a um benefício que aos 65 anos de idade é de um salário mínimo – devem ter que trabalhar até os 70 anos para receber apenas 400 reais. “Para os demais trabalhadores, o governo federal pretende aumentar o tempo de serviço e reduzir o valor da aposentadoria. Para as professoras, por exemplo, serão mais 10 anos para se aposentar e quando cumprirem isso, só terão direito a 60% do salário que recebem em atividade”, acrescentou.
Heleno considerou as medidas criminosas, pela perspectiva do direito à aposentadoria ser adquirido com proventos tão baixos, incapazes de garantir a própria sobrevivência. “Além disso, nossa previdência hoje é solidária, quem está em atividade, ajuda a pagar os proventos de quem está se aposentado e o que o governo que fazer com isso ? substituir por uma capitalização, onde temos estudos que apontam não ter dado certo em nenhum País e não é no Brasil que dará”, concluiu.
Fortalecimento de luta nacional
Por sua vez, o presidente do Sintem-JP, Daniel de Assis, afirmou estar junto com a CNTE e CUT fortalecendo essa luta nacional, que é uma luta que vem para a educação porque os mais prejudicados serão as professoras com essa reforma da Previdência, que terão extintos antigos direitos conquistados
Daniel lembrou o fato de os trabalhadores que ingressarem agora só terem paridade com 40 anos de contribuição, o que prejudica enormemente os professores e principalmente as mulheres. “Como nossa categoria é composta por mais de 80% de mulheres, vamos engrossar as fileiras para que possamos rechaçar essa Reforma da Previdência que está sendo proposta pelo governo federal”, arrematou.
Assessoria
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