A secretária de Administração do Governo do Estado da Paraíba, Livânia Farias, foi presa no final da tarde deste sábado (16) ao desembarcar em João Pessoa, após período de ausência do estado. Na decisão, o desembargador Ricardo Vital de Almeida elenca, com base no pedido do Ministério Público, que a auxiliar dos governos Ricardo Coutinho e João Azevedo, ambos do PSB, era a articuladora de uma ‘gigantesco esquema de corrupção comandado por uma organização criminosa’ e cujas investigações da Operação Calvário chegaram a informações de que Livânia recebia propina da Cruz Vermelha Brasileira, Organização Social que recebeu mais de R$ 1 bilhão para administrar o Hospital de Emergência e Trauma da Capital.
Livânia Farias é a segunda integrante do Governo do Estado da Paraíba a ser presa na Operação Calvário, que investiga uma organização criminosa que desviou recursos da saúde, através de contrato com a Cruz Vermelha Brasileira. O primeiro a ser preso foi o ex-assessor de Livânia, Leandro Nunes de Azevedo, que revelou em depoimento de mais de 12 horas, eventos, nomes de envolvidos e metodologia adotada para usar propina até para financiar campanhas políticas.
O desembargador cita os crimes de lavagem de dinheiro, ocultação de patrimônio, apropriação indevida de recursos públicos praticados por Livânia e, com base nas investigações, entende que a prisão seria a única forma de resguardar as investigações e a garantia da ordem pública.
Confira a decisão:
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