O ex-governador da Paraíba e atual presidente da Fundação João Mangabeira, Ricardo Coutinho, resolveu adotar a mesma estratégia utilizada pelo PT no curso da Lava Jato e criticou as autoridades e órgãos integrantes da força tarefa da Operação Calvário. Coutinho aproveitou uma solenidade do governo de seu sucessor, João Azevedo, nesta terça-feira (19), para tachar a prisão de sua ex-auxiliar desde os tempos em que comandou a Prefeitura da Capital de “espetacularização”.
No estilo a melhor defesa é o ataque, o socialista praticamente desdenhou das investigações do Ministério Público via Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (GAECO) ao citar que uma campanha de difamação pública “não intimidará o governo”.
Em tom modista, ao entoar que “ninguém solta a mão de ninguém”, Coutinho deixou a entender que Livânia Farias, presa na terceira fase da operação por crimes de corrupção, teria sua solidariedade, apesar da suspeita de que tal manifestação teria o condão mesmo de arrefecer qualquer disposição da ex-secretária de Administração do Estado em fazer uma delação premiada.
“Será que isso é o correto? Será que pessoas que queiram e se colocam a disposição de falar, de esclarecer, são negadas porque o que vale no Brasil de hoje não é simplesmente a escuta, a busca da verdade, o que vale é espetacularização, a destruição do caráter, execração pública, condenação prévia, porque quando chegar a hora do julgamento essa pessoa já estará condenada”, disparou o socialista.
Por fim, Ricardo fez questão de afirmar que não haverá “terceiro turno” na Paraíba, em alusão a uma possível anulação do pleito, porque o “povo já decidiu” e não vão conseguir tirar ele do governo. “Não vai ter terceiro turno na Paraíba, porque João Azevêdo ganhou foi no primeiro, não foi nem no segundo. Essa é a demonstração de solidariedade [do povo] pelo Estado Democrático de Direito”, concluiu.
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