Movimentos sociais ligados a chamada ‘Direita da Paraíba’ articulam um cronograma de mobilizações contra a corrupção no Estado e em defesa das investigações da Operação Calvário comandadas pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público. O pontapé inicial será dado no próximo dia 07 de abril, quando os manifestantes protestarão contra o esquema de corrupção apontado no âmbito das investigações da Operação Calvário, que apura desvio milionário de recursos públicos da saúde estadual nos governos do PSB na Paraíba, via contratos fraudulentos com organizações tidas como sociais, a exemplo da Cruz Vermelha, que administra o Hospital de Trauma, na Capital.
Os organizadores também pretendem reforçar o apoio ao promotor Otávio Paulo Neto, coordenador do Gaeco na Paraíba, e o desembargador Ricardo Vital, do Tribunal de Justiça, que, segundo eles, “foram atacados” pelo ex-governador Ricardo Coutinho (PSB), que esta semana utilizou um evento do seu afilhado político, o atual governador João Azevedo, do mesmo partido, questionar as investigações sob a alegação de “espetacularização”.
“O ex-governador, que tem fugido da mídia, das pessoas e dos esclarecimentos sobre esse grande esquema de corrupção, tentou intimidar os órgãos de investigação, o judiciário e até a mídia, mas esse filme já assistimos com o ex-presidente Lula e a quadrilha do PT”, disparou Maurício Renato, um dos organizadores da mobilização.
Ele explicou que o momento guarda sintonia com pautas nacionais, a exemplo da defesa do pacote anticorrupção do ministro Sérgio Moro (Justiça), em defesa da prisão em segunda instância, apoio a Lava Jato e repúdio a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de enviar os processos de corrupção para a esfera eleitoral.
Operação Calvário
Foi desencadeada no dia 14 de dezembro de 2018 para apurar núcleos de uma organização criminosa que, de acordo com as investigações, seria comandada por Daniel Gomes da Silva, que seria responsável por desvio de recursos públicos, corrupção, lavagem de dinheiro e peculato, através de contratos firmados junto a unidades de saúde do Estado, com valores chegando a R$ 1,1 bilhão, possuindo atuação em outras unidades da federação, a exemplo do Rio de Janeiro.
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