O vice-líder da oposição na Assembleia, deputado Eduardo Carneiro (PRTB), denunciou uma rede de escutas clandestinas com o intuito de tentar intimidar autoridades no estado. Segundo ele, os indícios apontam que as gravações seriam editadas para confundir a opinião pública.
Eduardo chamou a atenção para o fato de as gravações só virem à tona após a deflagração da Operação Calvário pelo Ministério Público, que investiga um desvio milionário na saúde do estado por meio da Cruz Vermelha. O parlamentar destacou que a nova modalidade consiste em uma fraude e deve ser combatida pelas autoridades policiais.
Recentemente, secretários municipais de João Pessoa e até o próprio prefeito Luciano Cartaxo foram vítimas de gravações clandestinas que vieram à tona em alguns veículos de comunicação. “Nunca houve isso na Paraíba, agora se fala em celulares suspeitos de grampos, escutas e até um sofisticado equipamento israelense gravando autoridades do executivo, legislativo e judiciário clandestinamente”, comentou.
Eduardo disse apoiar e incentivar o trabalho feito pelas operações autorizadas pela Justiça, a exemplo das realizadas pela Polícia Federal, Polícia Civil ou Ministério Público, e repudiou essa clara tentativa de intimidação de ‘arapongas’ com gravações fraudulentas. “Isso é inadmissível. Recordo-me que na campanha ao Governo de São Paulo, o então candidato João Doria foi vítima de vídeos fraudulentos e montados que tentaram atingir sua honra. Aqui na Paraíba as suspeitas são que está ocorrendo pior ainda: os alvos são autoridades constituídas de todos os níveis. Há alguns dias distribuíram áudios fraudulentos através de e-mails e aplicativos de mensagens, que mais tarde foram publicados por alguns veículos de comunicação no estado”, disse.
Eduardo questionou quem estaria por trás desse esquema e qual seria o objetivo dessas gravações. “Quem está por trás disso? A Paraíba quer saber quem comanda a rede de grampos no estado”, afirmou.
O deputado disse que vai acionar o Ministério Público para que apure em toda sua extensão esses indícios de fraudes e ilícitos. “Vamos acionar o guardião da lei para conhecermos quem está comandando essas tentativas de intimidação e cobrar punição aos culpados”, arrematou.
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