Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), braço do Ministério Público do Paraná, deflagrou nesta sexta-feira, 29, a 5ª fase da Operação Quadro Negro – investigação sobre desvios de recursos públicos de obras de escolas no Estado. A ação prendeu, em Curitiba, um indivíduo identificado como “Pablo”, o homem da mala do esquema de corrupção cuja liderança é atribuída ao ex-governador Beto Richa (PSDB).
Além do mandado de prisão temporária, a Quadro Negro cumpriu uma ordem de busca e apreensão contra o homem da mala. Os decretos foram expedidos pelo Juízo da 9ª Vara Criminal da capital paranaense.
“Pablo” estava em casa no momento da prisão. Investigadores acreditam que ele já esperava alguma ação da Quadro Negro. A função dele, segundo as investigações, era buscar valores para entregar ao grupo do tucano.
Beto Richa foi preso preventivamente no dia 19 de março, na 4ª fase da operação. Na ocasião, também foram capturados por tempo indeterminado o ex-secretário do Governo do Paraná Ezequias Moreira e o empresário Jorge Atherino.
A Quadro Negro investiga desvios de R$ 22 milhões por meio de aditivos contratuais sobre construção e reformas de escolas estaduais. O inquérito mira ainda em crimes de corrupção, fraude à licitação e organização criminosa.
Defesas
A reportagem está tentando localizar a defesa de “Pablo”. O espaço está aberto para manifestação.
Após a prisão de Richa no dia 19, o advogado Guilherme Brenner Lucchesi, que defende o tucano, disse que “a determinação de prisão não traz qualquer fundamento. Tratam-se de fatos antigos sobre os quais todos os esclarecimentos necessários já foram feitos”, escreveu.
“Cumpre lembrar que as fraudes e desvios cometidos em obras de construção e reforma de colégios da rede pública de ensino foram descobertos e denunciados pela própria gestão do ex-governador Beto Richa. Por orientação do ex-governador, no âmbito administrativo, todas as medidas cabíveis contra os autores dos crimes foram tomadas. A defesa repudia o processo de perseguição ao ex-governador e a seus familiares; todavia, segue confiando nas instituições do Poder Judiciário”, finalizou o defensor.
Fonte: EM
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