Romero faz a hora, não espera acontecer
Por Ivandro Oliveira
Ainda é cedo para projetar qualquer cenário político na Paraíba, sobretudo em meio aos desdobramentos da Operação Calvário, cujos efeitos podem ser nefastos para o agrupamento político do ex-governador Ricardo Coutinho (PSB), mas não há dúvidas de que o que está por vir pode comprometer o governo João Azevedo. Não é por acaso que o prefeito Romero Rodrigues está assumindo o comando do PSD, mas fazendo questão de deixar as portas abertas para a sua antiga legenda, o PSDB.
Romero, aliás, tem sido um exímio estrategista na ‘costura’ com outras agremiações partidárias. Com um partido para chamar de seu e diante de uma relação bastante próxima com legendas como PSL, do presidente Jair Bolsonaro, MDB, do senador José Maranhão, e o próprio PSDB, o prefeito campinense trabalha para ampliar o leque e movimenta-se para levar João Almeida e o seu Solidariedade à Assembleia Legislativa, com um possível afastamento de Moacir Rodrigues (PSL), seu irmão, que pode assumir uma diretoria na Agência Nacional de Águas.
Com os pés no presente e de olho num futuro que pode está ainda mais perto, Romero Rodrigues faz a leitura do ‘jogo’ sem perder de vista os acontecimentos que podem resultar numa hipotética eleição suplementar para o Governo do Estado, caso o mandato do atual governador João Azevedo venha a ser abreviado por fatos relativos aos desdobramentos da Operação Calvário.
Com uma gestão bem avaliada e uma aprovação pessoal na casa dos 90% em Campina Grande, o prefeito Romero Rodrigues, agora no PSD, está navegando por águas calmas e praticamente não tem adversário a contrapô-lo no debate político e eleitoral, o que poderá credenciá-lo a fazer o sucesso no próximo ano.
Enquanto nada acontece, Romero azeita a administração, acelera obras e movimenta-se no ‘tabuleiro’ político como opção para 2020 ao lado do prefeito Luciano Cartaxo (PV).
Em relação a sua própria sucessão, embora Bruno Cunha Lima seja o melhor nome, como já escrevemos por aqui, não descarta outras opções, a exemplo dos deputados estaduais Tovar Correia Lima(PSDB) e Manoel Ludgério (PSD), além, claro, do deputado federal Pedro Cunha Lima (PSDB).
Parafraseando Vandré, pra não dizer que não falei das flores, Romero sabe e faz a hora, não espera acontecer.
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