
A quinta fase da Operação Calvário deve ser deflagrada nos próximos dias e promete trazer os primeiros desdobramentos da colaboração da ex-secretária de Administração dos governos Ricardo Coutinho e João Azevedo, Livânia Farias. Com o reforço do Ministério Público Federal (MPF) e da Comissão de Combate aos Crimes de Responsabilidade e à Improbidade Administrativa (Ccrimp) Ministério Público do Estado (MPE), a Força Tarefa liderada pelo Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) ultima os preparativos para deflagar a até aqui mais impactante fase da Operação Calvário, que não mais se limita aos casos de corrupção no âmbito da saúde, mas de todas as áreas da administração socialista, bem como personagens ilustres da cena paraibana.
Nos bastidores da investigação, já circula a informação de que a ex-assessora da Procuradoria Geral do Estado (PGE), Maria Laura Caldas de Almeida Carneiro, que está presa em um presídio da Capital, acusada de integrar uma organização criminosa que vem reiteradamente cometendo crimes contra a Administração Pública do Estado da Paraíba desde o ano de 2011, já teria sinalizado para um acordo de colaboração com o MP, restando apenas alguns detalhes para o acerto.
Outra informação que circula versa sobre o que Livânia teria entregue. Segundo informações de bastidores, não apenas ex-colegas de governo do Estado, mas também personagens do Judiciário e do Legislativo. No caso desse último, deputados estaduais estariam numa relação, uma espécie de planilha com informações detalhadas da circulação de recursos da propina oriunda do esquema criminoso.
Partes de sua delação, inclusive, já teriam sido confirmadas por outros atores, entre servidores, empresários e agentes públicos, alguns deles que até se apresentaram voluntariamente. Como no Direito o que vale mesmo é fato e prova, na medida em que sua delação se afirma, outros personagens começam a surgir.
A verdade é que a quinta fase da Operação Calvário está muito próxima e os resultados devem provocar uma hecatombe não só nas hostes do governo. Por ora, o silêncio domina o seio das investigações. Resta, enfim aguardar.
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