Um Natal em águas tranquilas depois de passar por uma tempestade. Para um governo que enfrentou duas denúncias, a Esplanada dos Ministérios vazia no feriado é um bom sinal: calmaria. A maior preocupação de Michel Temer agora é com a Reforma da Previdência.
Mas, os ministros da equipe econômica foram liberados para o recesso: o do planejamento, Dyogo Oliveira, tirou férias oficiais: só volta para Brasília no início do ano que vem. O chefe da Fazenda, Henrique Meirelles, também está sem agenda pública na capital na última semana do ano. Já o secretário da Previdência, Marcelo Caetano, vai ficar a postos em Brasília. Para ele, o recesso só começa dia 2 de janeiro.
A expectativa é de que ele se reúna com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, entre o Natal e o réveillon para retomar as negociações no texto da proposta. Os outros ministros, mesmo de folga, foram avisados que, se houver necessidade, também serão acionados.
Para o cientista político Ricardo Ismael, Temer gastou boa parte do capital político que tinha para se defender das denúncias e pode comemorar, já que sobreviveu e o desafio agora é tentar aprovar a Reforma da Previdência.
Temer vai passar o Natal em São Paulo. Depois volta para Brasília. O primeiro compromisso oficial está marcado para dia 26: uma reunião com o novo ministro palaciano – Carlos Marum, da Secretaria de Governo. É ele o encarregado de negociar a Reforma da Previdência diretamente com os parlamentares e deve começar uma romaria pelos estados em janeiro para visitar os deputados.
Moreira Franco, da Secretaria-Geral da Presidência, vai passar o Natal no Rio; e Eliseu Padilha, da Casa Civil, também vai para casa, em Porto Alegre. Os dois, que fazem parte do núcleo duro de Temer, voltam ao trabalho antes do réveillon.
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