Ao contrário que queria o ex-governador Ricardo Coutinho, que, em reunião ‘secreta’ do PSB na semana passada, constituiu uma comissão para deixar claro a insatisfação do coletivo girassol com a condução política e administrativa do gestor estadual, o governador João Azevedo resolveu receber toda bancada de parlamentares da legenda e não apenas Cida Ramos e Estela Bezerra, escaladas para ‘emparedá-lo’. Em contato com a imprensa, instantes antes da solenidade que autorizou concurso na Fundac, João Azevêdo apontou que na reunião a ser mantida com integrantes do partido vai procurar conversar “para que a gente possa definir, também, internamente, os caminhos, os rumos que estamos tomando e, evidentemente, numa conversa extremamente clara e objetiva”.
Na última semana o governador esteve reunido também com os integrantes do G10, novo grupo que integra a base do governo na Assembleia Legislativa da Paraíba. João Azevêdo considerou que “foi uma reunião normal, bastante proveitosa, que discutiu vários pontos de interesse do estado”. Ele apontou ainda que foi dado destaque à discussão de projetos que tramitam na Assembleia.
O menor adjetivo que o governador João Azevedo recebeu, durante a reunião ‘secreta’ do PSB, foi de “traidor”, além de queixas diversas, especialmente na direção dos secretários Nonato Bandeira (Governo) e Ronaldo Guerra (Chefia de Gabinete). Há queixas por ter afastado todos os auxiliares mais próximos de Ricardo Coutinho, o chamado núcleo duro girassol, como Waldson de Sousa, Gilberto Carneiro e Amanda Rodrigues, esta última a pedido, além, é claro, de Livânia Farias, que saiu por conta da prisão na Operação Calvário.
Outra auxiliar de peso, Cláudia Veras, o ressentimento maior seria da deputada Estela Bezerra, pelo que restou evidenciado na reunião. Responsável pela indicação de Veras, Estela não ficou exatamente feliz com o rebaixamento da ‘pupila’, que foi exonerada da Saúde e nomeada como adjunta da Articulação.
Na medida em que reúne toda bancada, João Azevêdo deixa claro que não pretende dar voz a comissão nenhuma e é mais um capítulo no cisma já existente com figuras mais próximas do ex-governador Ricardo Coutinho.
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