Ricardo vai ao xadrez da PF visitar ‘amigo’ Lula

Após o naufrágio do ‘ninguém solta a mão de ninguém’ e em meio ao suspense do que que pode vir em termos de Operação Calvário, que investiga um esquema criminoso de malversação que verteu recursos públicos da área de saúde por meio de contratos fraudulentos com organizações tidas como sociais, o ex-governador Ricardo Coutinho (PSB) resolveu ir ao xadrez visitar ninguém mais, ninguém menos que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado (em primeira, segunda e terceira instâncias) e preso por corrupção no rumoroso caso do ‘Triplex do Guarujá’, embora ainda responda outros tantos do gênero em instâncias iniciais da justiça brasileira.

A visita de Coutinho a Lula, coincidência ou não, sequencia uma narrativa de vitimização traçada pelo próprio, a julgar pelas últimas declarações, especialmente a entrevista concedida à TV Tambaú, em que tenta, de certa forma, politizar as investigações conduzidas pela Força Tarefa da Operação Calvário, liderada pelo Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público Estadual (MPE), e até transferir o noticiário negativo, em boa medida, para imprensa. A similitude da estratégia guarda harmonia com a utilizada pelo ‘lulopetismo’ na Lava Jato, que colocou atrás das grades ‘peixes graúdos’ e que colocou atrás das grades dois ex-presidentes da República, além de alguns dos maiores empresários brasileiros, considerada um divisor de águas no combate à corrupção no país.

De acordo com o ParaíbaJá, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebe nesta quinta-feira (23) a visita do ex-governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), e do presidente do PDT, Carlos Lupi.  Ambos devem atender a imprensa após o encontro, na saída da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba.

Preso desde abril de 2018, Lula recebe, sempre às quintas-feiras, a visita de dois amigos. Eles tem direito a permanecer pelo período de uma hora na cela onde Lula está detido.

Lula já recebeu diversas personalidades no cárcere, de prêmios Nobel a ex-chefes de Estado. Após os encontros, as visitas tem por costume passar na Vigília Lula Livre para ‘denunciar’ a suposta prisão política de Lula.