O presidente Jair Bolsonaro afirmou, ontem, que vai recorrer da decisão judicial que isentou de pena Adélio Bispo, autor dafacada em Bolsonaro no ano passado. Para o presidente, há um “circo armado”.
O juiz Bruno Savino, da 3ª Vara Federal de Juiz de Fora (MG), expediu a sentença de Adélio e converteu a prisão preventiva em internação por tempo indeterminado. Pela decisão, o agressor deverá permanecer no presídio de Campo Grande (MS).
Na sentença, o juiz aplicou a figura jurídica da “absolvição imprópria”, na qual uma pessoa não pode ser condenada. No caso de Adélio, ficou constatado que ele é inimputável, ou seja, não pode ser punido por ter doença mental.
“O circo armado [é] que, a partir desse momento, se não houver recurso e [o processo] for transitado em julgado, se caso o Adélio queira falar quem pagou a ele para tentar me assassinar, não tem mais valor jurídico, ele é maluco”, disse o presidente.
“Agora, se fosse o contrário, o que estariam pensando a meu respeito? Então, a gente sabe que o circo é armado. Tentaram me assassinar, sim. Eu tenho a convicção de quem foi, mas não posso falar, não quero fazer o pré-julgamento de ninguém”, acrescentou o presidente.
Bolsonaro deu as declarações ao deixar o Palácio da Alvorada, residência oficial, e seguir em direção à Base Aérea para viajar para São Paulo. Na portaria principal, Bolsonaro desceu do carro para cumprimentar algumas pessoas e respondeu a perguntas de jornalistas.
Apresentação de recurso
Questionado se vai recorrer da decisão judicial, Bolsonaro disse que sim, mesmo que tenha de gastar “alguma coisa” com advogados.
“Pretendo fazer. Eu vou ver quanto custa, se eu tiver para pagar. […] Isso é um crime contra um candidato a presidente da República que atualmente tem mandato e nós devemos ir até às últimas consequências nisso aí, nessa situação aí”, acrescentou.
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