O ex-prefeito de Nova Floresta, João Elias da Silveira Neto Azevedo, declarou que o dinheiro supostamente superfaturado na contratação de garis, com denúncia ajuizada pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB), não teria favorecido nenhum funcionário da prefeitura. “Eu tenho minha consciência tranquila, durmo tranquilamente. Todos os dias me deito, coloco minha cabecinha no travesseiro e tenho minha tranquilidade, porque nenhum real nem foi para o meu bolso nem para o bolso de nenhum [funcionário] município”, disse.
No dia 11 de dezembro, o Ministério Público da Paraíba (MPPB) ajuizou uma ação civil pública contra o ex-prefeito, João Elias da Silveira, um ex-tesoureiro e uma ex-servidora por contratação ilegal de garis e de dano ao erário do município de cerca de R$ 1,1 milhão. Segundo o MP, os garis de Nova Floresta contratados em 2014 sem concurso público ou licitação assinaram documentos em que recebiam mais de R$ 7 mil por mês. No entanto, em 2009, o vencimento máximo dos garis no município era de R$ 630.
O MPPB diz que os servidores não ficavam com o dinheiro das notas superfaturadas que assinavam – só recebiam de fato, no máximo, um salário mínimo. O excedente ficava em poder da tesouraria que dava destino ignorado aos valores.
Ednaldo Martins está com o nome na lista de garis com os salários mais altos. Ele prestou serviço à prefeitura durante seis anos e teria chegado a receber R$ 7 mil reais pelo município. Segundo Ednaldo, esse dinheiro nunca chegou até ele.“Nunca vi nem a cor dele. Só via os R$ 240”, disse.
O ex-prefeito, que governou Nova Floresta de 2009 a 2016, inchou a folha de pagamento com 161 pessoas para realizar o serviço de organização e limpeza urbana, com os gastos saltando de pouco mais de R$ 167 mil, em 2009, para mais de R$ 409 mil, em 2012, segundo a Promotoria de Justiça.
Com G1
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