O Cruzeiro chegou a mais uma semifinal de Copa do Brasil. A quarta consecutiva. Todas sob comando do técnico Mano Menezes. E, assim como em alguns momentos nos anos anteriores, a classificação foi suada, com sofrimento até o apito final. Desta vez, contra o maior rival e depois de abrir 3 a 0 na ida. Fato é que a Raposa, maior campeã e dona dos dois últimos troféus do torneio, segue caminhando em busca do sétimo título.
A Raposa abriu uma vantagem expressiva, principalmente se tratando de um time que tem a marca de ser defensivamente sólido. A volta, no entanto, terminou com triunfo do Atlético-MG por 2 a 0, que ficou por um gol de levar a decisão da vaga para os pênaltis.
Apesar da derrota e dos dois gols sofridos, o Cruzeiro demonstrou, até certo ponto, uma organização defensiva. O rival teve dificuldades para conseguir infiltrações, tanto é que cruzou 46 bolas na área celeste. Dedé e Léo, com 16 rebatidas cada, foram os destaques no quesito.
O que faz o Cruzeiro “sofrer” nos jogos mata-mata é muito mais a inoperância ofensiva, que acaba gerando volume de jogo ao adversário. O time teve sérias dificuldades para fazer o jogo que se propôs a fazer no Independência, que era contra-atacar. O resultado? Apenas duas finalizações em 90 minutos. O único contra-ataque que o time conseguiu encaixar foi o que terminou no gol anulado de Pedro Rocha (veja abaixo). Mano Menezes diz que a postura defensiva não foi uma escolha e assume que o Cruzeiro não fez um bom jogo.
– O futebol não é uma escolha unilateral. Se fosse, eu queria atacar mais. Certamente eu queria atacar mais. Não ia querer passar o tempo inteiro com a bola rondando o nosso gol, com a pressão, porque aí de vez em quando aparece um chute, como apareceu o do Patric. O Cruzeiro teve poucos momentos de uma conexão mais adequada, de uma qualidade de jogo que trabalhou um pouco mais a bola, para encontrar espaços. Não fez um grande jogo. Podemos fazer melhor, podemos entregar melhor.
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