A ocultação de likes iniciada ontem pelo Instagram causou um grande impacto em seus usuários. De acordo com dados levantados pela Ativaweb por meio de Ferramentas de monitoramento de Social CRM, só ontem (17), primeiro dia da nova ação, foram registrados 198.000 postagens sobre o tema.
A ocultação no Brasil já estava prevista desde maio deste ano, mas só foi colocada em prática na tarde de 17 de julho. Com a mudança, a rede social passou a remover o número de curtidas em fotos e visualizações de vídeos em feeds e perfis no país.
“Não queremos que as pessoas sintam que estão em uma competição dentro do Instagram e nossa expectativa é entender se uma mudança desse tipo poderia ajudar as pessoas a focar menos nas curtidas e mais em contar suas histórias”, destacou o comunicado disparado pelo Instagram.
Segundo Alek Maracajá, Ceo da Ativaweb e Presidente da Abradi-PB, a mudança trará benefícios para a qualidade do conteúdo postado na rede e para a saúde mental de seus usuários. “Para as marcas, isso representa uma maior liberdade para se posicionar e criar um conteúdo cada vez mais relevante para seu público alvo, já para o usuário, um dos impactos mais sensíveis será na saúde mental”, afirma.
Entre as reações mais curiosas estavam as críticas aos influenciadores e blogueiros, muitas vezes conhecidos pela técnica de “comprar likes”, e os desabafos de perfis aliviados pela liberdade de criação que a nova proposta traz.
“Ao passo que as pessoas se sentirem realmente à vontade para criar publicações com o conteúdo que desejam, a possibilidade de construir diálogos mais construtivos e estreitar o relacionamento entre marcas – ou personalidades – e seus seguidores ficará muito maior, refletindo muito mais quem realmente curte a marca na vida real”, explica Alek.
Saúde Mental
Em 2018, o afastamento do cantor e compositor Tiago Iorc das redes sociais ascendeu a discussão sobre a influência das redes sociais na vida de pessoas famosas e anônimas.
“Concluí que um descanso vai me fazer bem. Me ausentar dessa nossa vida ‘instagrâmica’, que nos consome, e me permitir viver sem calcular tanto, me descobrir em novos medos, voltar a ter certeza do que é improvável”, desabafou Iorc em sua carta de “despedida”.
Seu retorno em 2019 trouxe novidades, incluindo o lançamento do CD Reconstrução (maio 2019) e da música Desconstrução, que fala sobre uma menina que, sem perceber, mergulha nas redes sociais e na depressão, levando suas atitudes às ultimas consequências.
Segundo Alek Maracajá, especialista em análise e interpretação de dados web (BigData), embora ainda haja controvérsias sobre o real impacto dessa mudança na saúde mental dos usuários, o perigo de mensurar felicidade e aceitação a partir da quantidade de likes e seguidores é real.
“O caso de Iorc é apenas um dos exemplos de como as pessoas lidam com o excesso de exposição nas redes sociais e não há como nem porquê julgar seu afastamento, mas seu exemplo mostra que todos, independente da fama, estão expostos aos diversos tipos de impactos provocados pelas redes sociais”, finaliza.
@AlekMaracaja
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