A Receita Federal iniciou nova investigação sobre os contratos do atacante Neymar, desta vez, a pedido de autoridades fiscais da Espanha. Dois procedimentos administrativos foram abertos no ano passado e são alvo de questionamentos dos representantes do atleta na Justiça Federal.
A defesa do jogador tenta impedir que o Fisco compartilhe informações com a Fazenda espanhola, que também analisa as contas do jogador. Neymar deixou Barcelona há dois anos para se transferir para o PSG, da França, e, agora, tenta fazer o caminho de volta para a Catalunha.
Nesta semana, o jornal “Mundo Desportivo” publicou que autoridades fiscais da Espanha cobram 35 milhões de euros (cerca de R$ 147 milhões) em impostos não pagos pelo atleta enquanto ele viveu no país.
Os advogados de Neymar não quiseram comentar. A assessoria de imprensa do jogador, procurada, não se manifestou. A Receita Federal, em nota, afirmou que não comenta casos de contribuintes específicos em “razão do sigilo fiscal”.
É a terceira vez que a Receita Federal do Brasil vasculha contratos do jogador. Nas outras duas, os procedimentos levaram a multas: a primeira, de R$ 460 mil, foi paga por Neymar em 2016; a segunda chegou a R$ 188 milhões, caiu para R$ 69 milhões após decisão do Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais) e ainda há recurso pendente. Foi esta última autuação que baseou uma denúncia arquivada de sonegação fiscal e falsidade ideológica do Ministério Público Federal.
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