Tempestade num copo d’água
Por Ivandro Oliveira
A turma da ‘resistência’ parece ter encontrado um novo apelo para sua incansável jornada na manutenção de um verdadeiro cabo de guerra que teima não arrefecer mesmo depois da derrota nas urnas. Bastou um suposto comentário em áudio vazado para que a ‘falange vermelha’, que não só acredita como tem a mais absoluta certeza que o território nordestino já foi por eles adquirido através de usucapião, pudesse reacender a velha chama do ‘nós contra eles’.
Num país em que historicamente nordestinos são tratados de ‘paraíbas’, um presidente como Bolsonaro não poderia atrever-se em fazer o mesmo, a despeito de tudo e mais um pouco, segundo o olhar mais que seletivo dos ‘vermelhos’ detentores das capitanias nordestinas. Certamente, os ‘ofendidos’ fizeram vistas grossas para comentários pretéritos igualmente similares de seu próprio mártir, àquele mesmo detido em Curitiba por corrupção, entre outros crimes.
Mas, claro, como a defesa do nordeste e de seu povo não é e nem jamais será a causa, a reação digna de ‘Império Contra Ataca’ não só exala enxofre, como traduz interesses inconfessáveis em estabelecer uma verdadeira cruzada contra a nova ordem nacional, tentando desavergonhadamente colocar os nordestinos contra o Presidente da República.
Se Bolsonaro errou ao se referir aos governadores nordestinos de ‘governadores de paraíbas’, cabe uma retratação, contudo, o que não cabe é fazer de um copo d’água uma tempestade. Mas, infelizmente, considerando os atuais parâmetros de temperatura e pressão da turma da ‘resistência’, guerra é a palavra da moda.
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