A violência obstétrica atinge hoje 25% de partos em todo o País. Conforme os dados do Instituto Brasileiro de Pesquisa e Estatística (IBGE), a mulher negra é a maior vítima, atingindo o maior índice de morte. Preocupadas com estes dados, a Coordenadoria Municipal de Promoção à Igualdade Racial, a Secretaria Especial de Políticas Públicas para as Mulheres (SEPPM) e a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), realizam nesta quarta-feira (24), uma Roda de Conversa abordando a saúde mental e invisibilidade destas mulheres.
O evento, que será realizado às 9h, no auditório do Centro Administrativo Municipal (CAM), é alusivo à passagem do 25 de Julho, Dia Internacional das Mulheres Negras da América Latina e do Caribe e Dia de Tereza de Benguela. Na ocasião, também será abordado o tema Violência Contra a Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, por Marly Valentin.
“Nosso objetivo é que os profissionais que participarem da formação saiam com esse olhar sensível em relação às especificidades que essas mulheres têm em relação à saúde, que está ligado diretamente a questões de gênero, classe e raça. Esperamos também que eles sejam multiplicadores desses conhecimentos, para que possamos construir um atendimento em saúde mais humanizado”, destaca a secretária das Mulheres, Adriana Urquiza.
Roberto Maia, coordenador Municipal de Promoção à Igualdade Racial, fala da importância do dia, que para ele é um momento de reflexão sobre a problemática e conscientização para a prática de uma saúde pública mais humanizada. “ É importante dialogar sobre a saúde mental das mulheres negras nesse dia, pois, pela exclusão social que sofrem no seu cotidiano, são as que mais adoecem, além de que são as mulheres negras que mais passam por violência doméstica, bem como também por violência obstétrica no momento de terem seus filhos”, destaca Roberto Maia.
O evento é destinado também a estudantes da área de saúde, movimentos de mulheres e demais entidades sociais.
25 de Julho – Na data é comemorado o Dia da Mulher Negra Latina Americana e Caribenha e o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra. Em 1992, um grupo de mulheres negras oriundas dos países da América Latina reuniu-se em Santo Domingos, na República Dominicana, para a realização do primeiro Encontro de Mulheres Negras Latinas e Caribenhas.
Elas discutiram problemas que afetam a todas as mulheres em geral, como machismo, formação educacional e profissional, e maternidade, além de questões específicas, como o racismo. Em 2014, de acordo com a Lei Nº 12.987, o dia 25 de julho foi instituído o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra.
Programação
Local – Centro Administrativo Municipal
Hora – 9h
Palestra – “Saúde Mental e Visibilidade” – Rebeka Soares;
– “Violência Contra a Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha” – Marly Valentin
– “ Indicadores e Ficha de Notificação” – Heloisa Wanick
Secom\JP
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