O governador Ricardo Coutinho (PSB) já teria confidenciado a alguns auxiliares de sua mais estrita confiança que deixa o Palácio da Redenção em abril, muito provavelmente no dia 06, um dia antes do prazo limite para desincompatibilização dos cargos públicos para quem vai concorrer às eleições de outubro próximo. A informação foi repassada com exclusividade e o Tá na Área apurou que o socialista pretende concentrar esforços em três frentes: intensificar a agenda de trabalho, com inaugurações, ordens de serviços e visitas aos municípios paraibanos; demover e sem traumas a pré-candidatura do secretário João Azevedo até o final de fevereiro, caso a postulação continue dar sinais de inviabilidade eleitoral; e, por fim, estabelecer o mínimo de confiança para tornar a vice-governadora Lígia Feliciano (PDT) sua candidata nas eleições que se avizinham.
A maior preocupação do governador é conciliar uma forma que permita não criar mais traumas com o secretário João Azevedo, que, mais uma vez, seria alijado do processo pelos mesmos motivos que o levaram a ser substituído por Cida Ramos nas eleições municipais de 2016 na Capital, isto é, falta de competitividade. Por outro lado, a ascensão de Lígia Feliciano daria substância ao argumento de candidatura natural da pedetista.
O Tá na Área também verificou que o governador já praticamente descartou outras soluções mirabolantes, como uma renúncia sua e de Lígia para permitir a eleição indireta de Azevedo via Assembléia Legislativa, que concorreria à reeleição já como governador, o que poderia transparecer uma armação ou espécie de coluio perante a opinião pública, sobretudo em tempos de depuração da classe política.
A verdade é que os indícios de que o governador Ricardo Coutinho prepara uma solução menos heterodoxa estão a olhos nus. Conforme revelou o jornalista Suetoni Souto Maior em seu blog, no Jornal da Paraíba, o Governo Estadual antecipou para os meses de fevereiro e março a realização do ciclo de audiências públicas regionais do Orçamento Democrático Estadual (ODE) e deve entregar várias obras até o final do primeiro trimestre deste ano. A antecipação desse calendário é uma demonstração clara de que o socialista deixa o Palácio da Redenção em abril.
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