Em entrevista à rádio CBN na manhã desta quarta-feira (03), o senador e presidente do MDB, José Maranhão, repetiu aquilo que já é um mantra na deteriorada política brasileira: que as composições políticas são movidas apenas por interesses momentâneos e para atender conveniências específicas. Mesmo admitindo apoiar uma possível candidatura do prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PSD), ao Governo do Estado nas eleições deste ano, rechaçou a cobrança em torno da formação da aliança ao afirmar que o “casamento feito em 2016 foi apenas para aquele ano”. “A aliança que fizemos com Luciano foi para elegê-lo prefeito. Agora temos obrigação de eleger a presidente da República, a Papa, a tudo?”, indagou.
Maranhão disse que a aliança não pode ocorrer como um casamento “a ferro e fogo”. “Podemos apoiar, mas não aceito cobrança. Luciano não pode apoiar o candidato do PMDB?”, questionou.
Durante a entrevista ele ainda ressaltou que “o pau que bate em Chico pode bater em Francisco” e manteve seu nome na disputa pelo Governo do Estado. O senador ainda falou em “reciprocidade” e afirmou que o prefeito de João Pessoa ainda precisa retribuir o apoio do MDB.
Em certo momento da entrevista, ao ser questionado se teria o apoio de Manoel Júnior, caso seja candidato ao governo, Maranhão foi evasivo e não demonstrou segurança. Manoel Júnior deve ascender a titularidade da Prefeitura de João Pessoa, caso Luciano Cartaxo decida disputar o governo.
E é justamente este cenário o maior complicador para a postulação de Maranhão. Nos bastidores, Júnior, que mantém grande afinação com o prefeito Luciano Cartaxo, vem tentando mostrar a Maranhão que é muito mais importante administrar João Pessoa que manter uma candidatura sem perspectiva de ascensão, a julgar pelos números das pesquisas, sobretudo os indicadores qualitativos.
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