O campeonato paraibano de futebol corre o risco de começar com vários problemas fora de campo. A quatro dias para o inicio da edição 2018 do certame estadual, todos os estádios vistoriados pela Comissão Estadual de Prevenção e Combate à Violência em Estádios continuam com pendências de segurança e sanitárias, inclusive os submetidos a demoradas e custosas reformas pelo Governo do Estado.
A Comissão alertou nesta quarta-feira (03) para a possibilidade de estádios com portões fechados na primeira rodada do Estadual. Além disso, os responsáveis pelos estádios também poderão responder judicialmente pelo não cumprimento dos compromissos firmados para garantir a segurança de jogadores e torcedores.
Segundo o procurador de Justiça e coordenador da Comissão, Valberto Lira, ainda estão sendo aguardados os laudos técnicos de prevenção e combate a incêndio e pânico, de segurança, de condições sanitárias e de higiene dos estádios.
O principal impasse da primeira rodada é o jogo da Desportiva Guarabira com o Campinense, que pode acontecer sem torcida, em Guarabira, ou ser transferido para Campina Grande com inversão do mando de campo.
Segundo Valberto Lira, as obras do Estádio Sílvio Porto só devem ser concluídas no final deste mês. O Estádio José Cavalcanti, que fica em Patos, também está em reforma. Nos demais estádios, espera-se que as pendências se resolvam nos próximos dias.
O promotor de Justiça e diretor-geral do MP-Procon, Glauberto Bezerra, avisou aos representantes de clubes e gestores responsáveis pelos estádios que o MPPB não vai tolerar a violação dos direitos do consumidor.
“Antes de serem torcedores, os que vão assistir aos jogos são consumidores que estão comprando o seu lazer. Não podemos mais ficar discutindo as mesmas coisas todos os anos. Está na hora de todos honrarem os compromissos que assumiram. Há uma falta absoluta de respeito. Se a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros disserem que não há condições de haver jogo, não haverá, e tomaremos as providências para que sejam cumpridas as exigências que a lei determina. É preciso ter a garantia de segurança absoluta para os jogadores e os torcedores”, disse o promotor.
Com informações do Portal Correio
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