O dólar opera em alta nesta segunda-feira (12), em meio à aversão ao risco ligada à disputa EUA-China e às perspectivas de que o presidente argentino, Mauricio Macri, não conseguirá se reeleger nas eleições de outubro.
Às 10h15, a moeda norte-americana subia 1,76%, vendida a R$ 4,0094. Veja mais cotações. Na máxima do dia, bateu R$ 4,0099.
Na sexta-feira, a moeda norte-americana subiu 0,33%, a R$ 3,9399. Na semana passada, teve alta de 1,25%. Foi a quarta alta semanal consecutiva. No ano, a moeda norte-americana tem alta acumulada de 1,70%.
● Dólar comercial: 3,8228
Cenário externo
Acompanhando o movimento global, as negociações locais de câmbio iniciavam a semana em meio à aversão ao risco, ainda em função da guerra comercial entre Estados Unidos e China, mais notadamente por temores de que a demora em encontrar uma solução para a disputa, somado a um Brexit sem acordo, possam levar as principais economias para uma recessão.
“Essa falta de novidade em relação à tratativa comercial está deixando investidores muito apreensivos. Não sabemos quanto tempo isso vai durar, há preocupação de que essa guerra comercial possa se prolongar e isso está assustando um pouco os investidores”, afirmou à Reuters a economista da CM Capital Markets, Camila Abdelmalack, acrescentando que isso poderá implicar em revisões às projeções de crescimento das principais economias do mundo.
Nesta segunda-feira, um novo fator contribuía para o sentimento de aversão ao risco, mais especificamente sobre as emergentes, após eleições primárias na Argentina no fim de semana apontarem para uma derrota da chapa do atual presidente, Mauricio Macri.
Eleitores argentinos rejeitaram com ênfase as políticas econômicas austeras de Macri nas eleições primárias de domingo, colocando em grandes dificuldades suas chances de reeleição em outubro, mostraram resultados oficiais iniciais.
A coalizão que apoia o candidato de oposição Alberto Fernández –cuja companheira de chapa é a ex-presidente Cristina Kirchner– liderava com 47,3% dos votos, uma vantagem de 15 pontos percentuais, com 88% das urnas apuradas.
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