Durante o “Bem, Amigos” desta segunda-feira, Galvão Bueno e seus convidados tiveram como um dos tempos principais do programa a ida de Rogério Ceni para o Cruzeiro. Para Galvão, apesar de desejar “boa sorte” ao treinador, contratos devem ser cumpridos.
– A minha opinião: acho que ele deveria ter cumprido o contrato até o final com o Fortaleza. Por que a gente critica de forma tão dura quando clubes rompem com o treinador? Não acho que um técnico importante deva romper o contrato, mesmo que haja comum acordo. Defendo até a morte que os clubes têm de cumprir com o treinador.
– Desejo toda a sorte do mundo ao Rogério. Mas contrato é feito para ser cumprido. Tenho 45 anos de profissão e cumpri todos os meus contratos.
Galvão estendeu a discussão a todos os convidados, mas destacou que queria ouvir Caio Ribeiro e Muricy Ramalho, ex-companheiro e ex-treinador de Rogério respectivamente. Com longa explanação, Caio disse entender Ceni.
– Se for discutir conceitualmente, não tem que haver demissão, tem que cumprir contrato até o final, mas não acho que o Rogério tenha de mudar isso. Essa coisa é com a CBF. Acho que só deveria ter uma troca no campeonato.
– Dito isso, o que acontece com Rogério e Fortaleza? O presidente o tratou como o maior técnico do Fortaleza. Não só conquistou títulos do Campeonato Cearense e da Copa do Nordeste, mas reestruturou o departamento de futebol do Fortaleza. A forma como você sai diz muito sobre a relação, e ele sai só com palavras de carinho de quem queria que ele continuasse.
– Acho que chegou uma hora que o Rogério falou ao presidente que estava perdendo os jogadores na Copa América, não sei se é isso. Talvez nem o Rogério admita amanhã. Pensou: “cara, agora é o Cruzeiro”. Agora é uma situação que vou dar o salto na carreira e não vamos crescer mais aqui com o Fortaleza”. Acredito que o presidente do Fortaleza disse: “Vai ser feliz, você já fez muito pela gente”. Não acho errado o Rogério aceitar, principalmente porque o Rogério não tem o que perder – opinou Caio.
Muricy Ramalho disse que tinha ficado feliz quando Rogério Ceni recusou proposta do Atlético-MG na primeira parte do Brasileiro, quando preferiu seguir no Fortaleza. Afirmou que, enquanto treinador, sempre pautou sua carreira com continuidade e cumprimento de contratos, mas fez uma ressalva. Disse desconhecer as razões que motivaram a tomada de decisão do ex-goleiro.
– Não quero ser exemplo, mas quando ele não veio para o Atlético fiquei feliz, não pelo Atlético, mas porque tomou a decisão de continuidade. Ele quer ser um técnico de ir para lá e para cá? Eu escolhi outro caminho. Tive outras oportunidades para mudar e não fui nem para a seleção brasileira.
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