Uma operação denominada de “Grilhões” e que foi realizada este final de semana pelas Polícias Rodoviária Federal e Militar e com Ministério Público do Trabalho (MPT) terminou com a prisão de uma mulher de 34 anos que seria proprietária de três bares na divisa da Paraíba com o Rio Grande do Norte. De acordo com a polícia, esses locais estavam sendo usados para exploração sexual de adolescentes e grávidas.
Em cada uma das três cidades as equipes foram a um estabelecimento comercial chamado “Amazonas Bar”, os três pertencentes a uma mesma proprietária, de 34 anos. Durante a abordagem nos locais, as equipes confirmaram que se tratavam de prostíbulos, com a presença de mulheres trajando roupas íntimas (lingeries), algumas grávidas (ao menos três) e elevada quantidade de homens consumindo bebidas alcoólicas. Os imóveis se dividiam basicamente em um salão contendo mesas e cadeiras, um palco com baixa iluminação e várias portas para acesso a pequenos quartos, sem ventilação, com vasos sanitários. Nos três locais as condições insalubres chamaram a atenção, pois era constante a presença de baratas, cheiro de urina e fezes.
Em Passa e Fica (RN), após revistas iniciais nas pessoas e no local, percebeu-se que uma jovem (17 anos) havia se trancado em um dos quartos e estava vestida como o restante das mulheres, ou seja, somente com uma lingerie. Ela informou inicialmente que tinha 19 anos, fato desmentido após consultar os sistemas de praxe. Naquela momento foi dada voz de prisão para a proprietária (34 anos) por exploração sexual de adolescente e ela foi conduzida para a delegacia de polícia civil no Estado do Rio Grande do Norte, enquanto que a adolescente, após ouvida na condição de vítima, foi encaminhada para o Conselho Tutelar da área.
Foi encontrada pequena quantidade de maconha nos pertences de umas das jovens que se encontravam no local, em Passa e Fica (RN), lavrou-se um Termo Circunstanciado de Ocorrência e a mulher assinou um Termo de Compromisso de comparecimento à justiça e liberada em seguida, a droga encaminhada para a perícia. Algumas mulheres também foram ouvidas no local pelo procurador do MPT presente.
A PRF informa que qualquer cidadão pode contribuir no combate a esse crime. A denúncia, que será anônima, pode ser feita pelo Disque 100, cujo atendimento é direcionado para o enfrentamento da violência contra crianças e adolescentes, ou pelo 191, número de emergência da PRF. Ambos funcionam 24 horas por dia, 7 dias por semana, e a ligação é gratuita.
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