O jejum de gols de Nico López (findado no domingo), ao contrário da lógica, atraiu o carinho da torcida do Internacional diante da fase do uruguaio. O momento de Edilson, com dois cartões vermelhos recentes, o colocou na rota das críticas do Cruzeiro. Nesta quarta-feira, em situações antagônicas, o atacante e o lateral se reencontram, símbolos de uma rivalidade entre o jogador celeste e o Colorado, que rendeu agressões de Edilson, provocações com bandeirinha de escanteio e suspensão no STJD.
Internacional e Cruzeiro decidem quem irá para a final da Copa do Brasil, com a equipe gaúcha precisando de um empate para passar. A Raposa, por sua vez, vem embalada com os ares novos de Rogério Ceni. Sem Orejuela, o treinador usará Edilson na lateral direita. É um jogo de “vida ou morte” para o lateral manter a sina dos quatro últimos anos da carreira: desde 2015, ele vence um troféu da “prateleira de cima”: Brasileirão pelo Corinthians (2015), Copa do Brasil e Libertadores pelo Grêmio (2016 e 2017) e Copa do Brasil pelo Cruzeiro (2018).
Cotovelada de Edílson, do Cruzeiro, em Nico López, Internacional x Cruzeiro — Foto: reprodução/vídeo
As três últimas exibições do camisa 2 celeste, entretanto, foram negativas: cartão vermelho contra o Inter, após cotovelada em López e um pedido de desculpas ao uruguaio; vermelho diante do Avaí, no retorno de lesão e após cumprir suspensão de dois jogos imposta pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva, e um lance no qual afastou mal a bola no gol de empate do CSA. Terça-feira, inclusive, o jogador será julgado pela expulsão na Ressacada.
Na vitória do Inter no Mineirão pela ida da semifinal, Edilson apenas ficou no banco. Aquele jogo foi o primeiro encontro com o Inter, adversário em que gerou revolta pela cotovelada em Nico (no vídeo acima). Foi a cena na qual o jogador mostrou arrependimento: “Já fui expulso algumas vezes, mas não tive essa maldade de acertar e dar uma cotovelada”, disse o lateral, no banco dos réus do STJD.
– Acho que era o mínimo que eu poderia fazer naquele momento (pedir desculpas). Não tenho nada contra o Nico López. Não conheço ele, mas não tenho nada contra, e eu acho que foi uma atitude que não foi nem errada, porque eu não fui para acertar o rosto dele e acabou pegando, mas isso já ficou para trás já. Agora é um jogo decisivo no qual tenho que estar 100% concentrado – voltou a comentar Edilson, após o jogo Cruzeiro 1×0 Vasco, no domingo passado.
Era apenas mais um capítulo da rivalidade entre Edilson e o próprio Internacional. Tanto que, aquele cartão vermelho, no jogo válido pela 5ª rodada do Brasileirão, provocou um arremesso de copo de plástico na direção do jogador, conforme relato da súmula da partida:
– Informo que foi arremessado um copo de plástico em direção ao atleta do Cruzeiro, sr. Edilson Mendes Guimarães, n° 2, quando o mesmo se dirigia ao túnel de saída após ter sido expulso. Informo que o copo não acertou o atleta.
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