A Secretaria de Estado da Saúde apresentou, nesta quarta-feira (4), na Assembleia Legislativa da Paraíba, para deputados e secretários municipais de saúde, um panorama do Sarampo no Brasil e na Paraíba. Até agora o Estado possui 86% da população até 1 ano com cobertura vacinal, sendo o ideal preconizado pela meta de cobertura de 95%. O secretário de Estado da Saúde, Geraldo Medeiros, reforçou que o Estado tem mantido os protocolos para evitar a disseminação do sarampo, porém se faz necessário que os municípios realizem o controle da cobertura vacinal.
“A Secretaria de Saúde tem feito o seu papel, que é de emitir esse alerta, mas a função principal é do gestor de saúde do município. O Ministério produz e compra as vacinas, o Estado recebe e repassa aos municípios, então cabe aos agentes de saúde, aos secretários municipais de saúde fazerem esta busca ativa”, ressaltou o secretário. Durante a apresentação, a SES informou que desde 2015 já investiu R$ 7,5 milhões para logística e estrutura da imunização. Em todo o País já são 4 óbitos confirmados em decorrência da doença, um deles em Pernambuco, estado que faz divisa com a Paraíba.
Durante a sessão da AL, a presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde da Paraíba (Cosems/PB), Soraya Galdino, informou que os gestores municipais já estiveram reunidos em assembleia para entender a necessidade de reforçar a imunização e realizar buscas ativas à população que está dentro da faixa de vacinação, a partir dos seis meses. “Nossa luta agora está sendo muito árdua. Sabemos que em nosso estado não temos nenhum caso, mas nos estados vizinhos, Pernambuco e Rio Grande do Norte, já temos casos confirmados e estamos tentando evitar que realmente entre no nosso estado”, comentou.
O sarampo é uma doença viral que pode levar à morte, sendo o único método de prevenção a vacina tríplice viral, aplicada ainda na infância, a primeira dose aos 12 meses e a segunda aos 15 meses. A gerente executiva de Vigilância em Saúde da SES/PB, Talita Tavares, reforçou a importância das equipes de saúde estarem atentas também aos sintomas. Por se tratar de uma doença que já se entendia como erradicada no País, os sintomas podem ser confundidos com gripe, ou mesmo com a dengue. “O sarampo é uma doença imunoprevenível. Neste momento é mais importante fortalecer a vacina em crianças de até 5 anos, que são os mais vulneráveis”, reforçou. Ainda de acordo com a gerente executiva, o Ministério de Saúde sinalizou que de 7 a 18 de outubro realizará uma campanha contra o sarampo para todas as crianças, com o intuito de atualizar a carteira de vacinação, com o Dia D em 19 de outubro.
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