A primeira-dama Ana Maria Lins visitou, na tarde desta segunda-feira (30), quatro artesãos que vão expor seus trabalhos na 31ª edição do Salão do Artesanato da Paraíba. O evento será realizado de 10 de janeiro a 2 de fevereiro de 2020, na Avenida Cabo Branco, em João Pessoa, com o tema “Metal que vira arte”. Os artesãos Guariguazi Tavares, Nilson Tubin, Thomas Roquancourt e Maria Josilene, conhecida como Jô do Osso, fizeram do amor pelo artesanato uma fonte de renda e hoje são reconhecidos pelo talento que possuem.
Para a primeira-dama Ana Maria Lins, o trabalho dos artesãos é encantador e fascina a todos que têm a oportunidade de conhecer as obras criadas por estes artistas. “O trabalho deles é fantástico. Cada vez mais fico fascinada com a riqueza de detalhes nas peças dos nossos artesãos. O Governo do Estado continuará apoiando e capacitando os artesãos para que eles possam caminhar de forma independente. É importante também que eles possam participar de feiras e salões de artesanato, buscando comercializarem seus produtos em vários locais do país”, frisou.
A gestora do PAP, Marielza Rodriguez, antecipou que no 31º Salão do Artesanato da Paraíba haverá espaços ambientados por arquitetas, a exemplo de Tereza Queiroga, que vai ambientar a entrada do Salão e Sarah Cavalcanti que ambientará a área da praça de alimentação do evento. “Ao visitar feiras de artesanato nacionais, a primeira-dama do estado teve a sensibilidade de mostrar no nosso Salão a importância do artesanato contemporâneo dentro da arquitetura. Então, quando o público entrar no evento, vai sentir que pode, na sua casa, ter uma peça de artesanato ambientando o cotidiano dele. Com isso queremos trazer a possibilidade de gerar mais vendas para o artesão”, explicou.
A arquiteta Tereza Queiroga, que vai ambientar a entrada do Salão do Artesanato, acompanhou as visitas com a primeira-dama e parabenizou o trabalho dos artesãos. “Agora estou tendo a oportunidade de conhecer de perto esses artistas maravilhosos e é deslumbrante ver a criatividade e o senso de cultura que eles têm em toda a arte. Fazer essas visitas faz aflorar as ideias para a ambientação que faremos no evento”, falou.
O artesão Guariguazi Tavares tem seu ateliê no bairro José Américo, em João Pessoa, onde faz diversas peças em madeira e telas, a maioria delas representa imagens de pessoas em seu cotidiano e traz sempre cores vibrantes. Ele começou esse tipo de arte esculpindo pedaços de madeiras, cabos de vassoura e outros objetos, com o tempo foi se especializando e hoje trabalha com madeiras específicas. Guaraguazi faz tanto peças em miniatura, como em tamanho original. Uma de suas obras mais conhecidas é a reprodução da Santa Ceia, com personagens esculpidos em madeira. Atualmente, além de esculturas em madeira, também produz móveis e telas Naifis que, inclusive, já foram premiadas.
“Levei uma topada em um pedaço de madeira e foi aí que tudo começou. Fiz minha primeira peça naquela madeira, as pessoas gostaram e me incentivaram a fazer mais. Depois de algum tempo participei de uma feira no Sebrae e hoje, através do meu trabalho, sou conhecido em vários lugares do Brasil e do mundo. O colorido das obras traz alegria e positividade, por isso eu gosto de colocar muitas cores nas peças”, esclareceu Guariguazi.
Já Nilson Tubin mora em João Pessoa há quase 20 anos e desde então participa dos Salões de Artesanato. Seu ateliê produz móveis com madeira de demolição naval traduzindo nas peças, de forma inovadora e sustentável, sua preocupação com o meio ambiente. Os móveis apresentam traços criativos frutos da restauração, como mesinhas de cabeceira, cômodas, cristaleiras, bancos e mesas. “Eu gosto demais do que faço. Ver algo que não serviria mais ser transformado em peças de arte é muito gratificante. Trabalho com madeira de demolição, levantando a bandeira da desconstrução para dar uma sobrevida ao material. Este ano, estamos pensando em fazer peças inéditas, exclusivamente para serem expostas no Salão do Artesanato”, comentou Nilson.
Outro artesão que também levará peças em madeira para o Salão do Artesanato é Thomas Roquancourt, um jovem francês que é casado com uma brasileira. Thomas começou a trabalhar com madeira na França, mas se encantou com a exuberância e variedade das madeiras do Brasil, aproveitando esse material para fazer arte e marcenaria criativa. “Utilizo madeira para produzir mesas, cadeiras, sofás, aparadores e outras peças por encomenda. Também trabalho com partes de metal em alguns móveis de madeira. Fazemos também no ateliê a parte de designer de móveis, com desenho, escolha das madeiras e execução nas regras da arte tradicional francesa. Estarei mostrando meu trabalho no próximo Salão do Artesanato”, garantiu.
O artesanato também faz parte da vida da artesã Maria Josilene, conhecida como Jô do Osso. Ela é paraibana e começou a fazer joias artesanais de ossos de animais aos 14 anos. Hoje é reconhecida pelo seu talento, sendo requisitada inclusive para fazer peças exclusivas para novelas da Rede Globo e, recentemente, foi contratada para ensinar sua arte aos artesãos de uma cooperativa no Amazonas. “Eu faço brincos, pulseiras, anéis, colares e outras joias artesanais de ossos. Faz uns 40 anos que aprendi a fazer as peças sozinha e nunca mais parei. Já participei de vários Salões do Artesanato e este ano estarei lá novamente”, afirmou.
Secom-PB
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