A quinta fase da Operação Calvário que cumpriu nesta quarta-feira (09) mandados de prisão preventiva em desfavor de Ivan Burity de Almeida, Jardel Aderico da Silva e Eduardo Simões Coutinho, além de 25 (vinte e cinco) mandados de busca e apreensão, inclusive em desfavor de Aléssio Trindade de Barros e José Arthur Viana Teixeira, sendo o primeiro titular da Educação na Paraíba, dentre outros, pode ter chegado ao núcleo estratégico de uma Organização Criminosa que drenou muito dinheiro dos cofres públicos paraibanos. Tido como ‘capitão’ do esquema, Ivan Burity, que certamente cumpria missões de um comando, ainda não revelado, embora presumido, deve ter muito a falar, porque, nos bastidores, a informação que circula é que sua atuação também era no suporte do planejamento e na própria estratégia de levantamento de recursos para campanhas e afins.
A julgar pela premissa de que uma organização é definida pelos seus níveis de atuação e que esses são distribuídos em três: operacional, tático e estratégico, Ivan Burity, segundo se comenta, seria justamente do nível estratégico.
Em entrevista à imprensa nas primeiras horas desta quarta-feira (9), o deputado Walber Virgulino comentou a quinta fase da Operação Calvário, enalteceu o Gaeco e revelou que o secretário Ivan Burity seria um operador direto ligado ao ex-governador Ricardo Coutinho. “Ivan Burity seria o operador direto ligado a Ricardo Coutinho, ele era o responsável por conduzir o aparato financeiro do PSB em campanhas”, disparou.
Na decisão do desembargador, Ricardo Vital, na qual mandou prender o secretário-executivo de Turismo do Estado, Ivan Burity, as investigações do Ministério Público destacavam Burity como intermediador de esquemas de propina entre os fornecedores e a disposta organização criminosa, no âmbito da secretaria de Educação, Ciência e Tecnologia do Estado.
Segundo MP, baseado em delação de Leandro Nunes, ex-assessor de Livânia Farias, preso na primeira fase da Operação Calvário, Ivan Burity, fazia a intermediação entre os fornecedores de livros e fardamentos com a ex-secretária, Livânia Farias, para acertar os valores da propina. Ainda de acordo com o documento, Leandro Nunes e Laura Farias, presa na 4ª fase da Operação Calvário, teriam ajudado Ivan Burity a distribuir e guardar o dinheiro da propina.
Ainda de acordo com o documento, Leandro revelou que Ivan Burity havia retornado à João Pessoa com a quantia de R$ 1,2 milhão, em dinheiro. Desse total, R$ 300 mil ficaram com Ivan e R$ 900 mil seriam entregues ao ex-deputado federal, Rômulo Gouveia (falecido), então vice-governador à época, revela um trecho do documento que mostra detalhes da entrega de apenas uma parte da propinas paga e recebida por Ivan Burity.
Veja o documento na íntegra: DECISÃO-MC-BUSCA-E-PRISÃO-PREVENTIVA
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