O técnico Fábio Carille mostrou sua insatisfação com o futebol apresentado pelo Corinthians na derrota por 1 a 0 no clássico contra o São Paulo, neste domingo, no Morumbi, pelo Brasileirão. O treinador criticou o rendimento da equipe ao longo de toda a temporada e disse acreditar até que o Timão, hoje quarto colocado, pode ficar fora da zona de classificação para a Libertadores se não melhorar seu desempenho no ataque. Para o comandante, a não classificação colocará em risco até mesmo o emprego dele, algo descartado pela diretoria.
– Acho que de 63 jogos a gente não fez dez bons jogos no ano. A gente não fez. Até campeão paulista, já falei várias vezes, com dificuldade para jogar. Falei na coletiva passada a respeito do Boselli, que as características do nosso time não são para ele. Quando pedi a contratação dele, a gente imaginou que iam acontecer outras coisas (contratações), precisa de bola na área. E nosso time dificilmente busca profundidade, gosta de rodar com a bola.
– Em relação ao jogo, ganhou o melhor, quem acertou mais passe, quem buscou o jogo, quem foi ofensivo. A gente foi muito abaixo. O básico do futebol é o passe, a gente está com dificuldade no básico. O grupo é consciente de que está mal, vê no vestiário que poderia render mais. A gente tem que melhorar, e não é de hoje – afirmou Carille.
Apesar da insatisfação, o Corinthians ainda é o quarto colocado, com 43 pontos. Mas, para Carille, o Timão corre o risco de sequer se classificar para a Libertadores se não subir de produção, principalmente no ataque.
– A casinha (defesa) está bem fechada. A gente tem de melhorar o ofensivo. E, se não melhorar, não classifica para a Libertadores – disse o técnico.
Questionado se a não classificação para a Libertadores pode colocar em risco a continuidade dele no clube em 2020, o treinador disse:
– Pode (colocar em risco). O que me chama a atenção das demissões é que não é só quem está mal que está sendo demitido. O Wagner Lopes, com 47 pontos, em terceiro, para subir na Série B, foi dispensado (do Atlético-GO). Pode. Isso é parte do futebol, da nossa cultura.
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