Um relatório produzido pelo Ministério Público do Estado por meio do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) que contém trechos da delação premiada de Leandro Nunes, ex-assessor de Livânia Farias, que foi secretária de Administração dos governos de Ricardo Coutinho e João Azevêdo, ambos do PSB, preso na segunda fase da Operação Calvário, detalha como funcionou, em parte, o esquema criminoso que drenou recursos públicos dos paraibanos para a corrupção. O documento mostra que Ivan Burity, preso na última fase da operação, era uma espécie de ‘garçom’ de luxo de uma Organização Criminosa (Orcrim) que utilizava até o Chefe da Casa Militar, um coronel estrelado, como ‘vigia’ de dinheiro sujo.
O documento conta que o hangar do Governo do Estado da Paraíba, no aeroporto Castro Pinto, foi utilizado criminosamente para que o ex-secretário de Turismo, Ivan Burity, considerado o ‘Capitão da Propina’, trouxesse, em viagens em avião particular, dinheiro de propina, em valores superiores a R$ 3 milhões entre os anos de 2012 e 2014.
No relatório, Segundo Leandro Nunes, Burity tinha diversos contatos com fornecedores, a exemplo de fardamentos, livros, etc, “principalmente relacionados à Secretaria de Educação, relacionando como exemplo a empresa BRINK MOBIL. LEANDRO diz que com a aproximação de LIVÂNIA e IVAN BURITY o mesmo começou a trazer algumas empresas para fornecer para a Secretaria de Educação. LEANDRO diz que IVAN fazia a intermediação com a empresa, a respeito do valor a ser acertado. IVAN levava as informações para LIVÂNIA, sobre empresas que dariam retorno”, destaca uma parte do documento.
Em outros trechos, Leandro Nunes conta como Ivan Burity utilizou até o Chefe da Casa Militar, o já falecido Coronel Fernando Chaves, como uma especie de ‘vigia’ ou ‘segurança’ da propina que o ex-secretária de Turismo trazia em aviões particulares.
Confira, na íntegra, o documento: 021.2019 – RELATORIO DE INFORMACAO – FL7 – ANEXO 7 – COLABORACAO LEANDRO (1)
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