A capital paraibana registrou queda nos casos de dengue, zika e chikungunya, conforme dados da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de João Pessoa. De janeiro até outubro de 2017, foram notificados 2.422 casos de dengue, zika e chikungunya. Já no ano anterior foram em torno de seis mil notificações apenas de dengue, além de 3.645 casos notificados de chikungunya e 789 de zika, com maior índice de notificações no primeiro semestre.
Para controlar a proliferação do Aedes aegypti e contribuir para a redução do índice de notificações das doenças mencionadas, a SMS realiza atividades constantes de prevenção e controle do mosquito. Porém, ainda assim, o Aedes consegue se reproduzir e picar os seres humanos.
De acordo com a coordenadora da área técnica de doenças transmissíveis da Vigilância Epidemiológica da SMS, Danielle Porto, a redução de notificações se deu também porque 2016 foi um ano epidêmico. Ela destaca que os maiores índices são registrados no começo do ano devido ao clima quente que surge após o período chuvoso. Já em 2017, devido ao maior número de chuvas, o índice de infestação foi considerado moderado em algumas épocas do ano, mas mesmo assim o número de casos permaneceu baixo.
“Após um período chuvoso começam os períodos mais quentes, o que favorece a reprodução do Aedes e faz com que o índice de infestação aumente e consequentemente o número de casos. Quando o índice de infestação é baixo, os números de casos também são. Mas o baixo número de casos não quer dizer que o cuidado com o mosquito e as ações de prevenção podem parar, pelo contrário, é necessário que continuem acontecendo normalmente para evitar que essa situação mude”, explica Danielle.
As ações realizadas pela Vigilância Ambiental são fundamentais para isso. Ao longo de todo o ano são realizadas atividades de prevenção e controle ao mosquito com visitas domiciliares para orientação e controle com larvicida, colocação de armadilhas para coleta dos ovos, peixes em piscinas desativas, além da realização do Levantamento de Índice Rápido de Infestação, que indica as áreas de risco e os principais criadouros.
“É através do LIRAa que identificamos as áreas de risco, os principais criadouros do mosquito e que planejamos as nossas ações de combate, de uma forma direcionada à situação que vivenciamos”, explica o Gerente de Vigilância Ambiental e Zoonoses da SMS, Nilton Guedes.
Além das ações da SMS, a participação da população é fundamental para evitar a formação de criadouros para o mosquito e consequentemente sua reprodução, principalmente nesse período mais quente que se inicia. “Com o calor, há redução do volume de água nos reservatórios, e as pessoas tendem a armazenar água em baldes, tambores e tanques, que se não for bem feito favorece para que o mosquito se prolifere”, explica Nilton.
“Em 2017 tivemos um período chuvoso mais estendido e agora entramos no período mais quente, dessa forma entende-se que os índices de infestação possam aumentar nesse começo de ano e possivelmente os casos de arboviroses, por isso é necessário que o cuidado aumente. Cuidado que precisa ser tomado também pela população, que tem papel fundamental no combate ao aedes e prevenção das doenças que ele pode causar”, conclui Danielle Porto.
Sintomas – Os sintomas do zika vírus são de febre baixa ou ausência de febre, manchas pelo corpo, dores nas articulações, edemas (inchaço) nas articulações, principalmente mãos, e coceira um ou dois dias após início dos primeiros sintomas. Ainda pode aparecer vermelhidão nos olhos, sem coceira ou ardor.
Com relação à dengue, os sintomas são de febre, dores musculares por todo o corpo e sensação de prostração. Na chikungunya, há febre alta (geralmente maior que 38º), dores e edemas nas articulações.
Quem apresentar os sintomas de uma das doenças deve procurar sua Unidade de Saúde da Família. Em casos mais graves de dengue, em que há dor abdominal intensa e contínua, é preciso ir a uma Unidade de Pronto Atendimento.
LIRAa – O resultado do último Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) de 2017, divulgado em novembro, aponta um Índice de Infestação Predial de 0,5%. A cada 200 imóveis, apenas um tem risco de reprodução do mosquito.
Contato – Quem souber de localidades com possíveis focos do Aedes aegypti, pode denunciar por meio dos telefones 0800-282-7959 ou 3214-5718. Os usuários também podem fazer a denúncia através do email coessmsjp@gmail.com.
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