O ex-governador Ricardo Coutinho (PSB), que ao longo dos oitos anos em que esteve à frente do Palácio da Redenção sempre fez questão de se vangloriar de obras feitas com ‘recursos próprios’, isto é, do caixa do tesouro estadual, esqueceu, propositadamente ou não, de informar ou registrar a ajuda do Governo Federal, que, frise-se, não foi pouca. Um levantamento a partir de dados da Secretaria do Tesouro Nacional, que podem ser conferidos no link http://bit.ly/2W3EZXY, aponta que durante os seus oito anos de gestão, os governos Dilma e Temer repassaram ao Estado mais de R$ 40 bilhões.
Para ser mais preciso, nada menos do que R$ 34,7 bilhões, conforme dados da Secretaria do Tesouro Nacional (STN). Os valores chamam a atenção dos paraibanos, especialmente no momento em que a Operação Calvário começa a trazer luz sobre um grande esquema criminosa que teria dilapidados os cofres públicos paraibanos, sangrando área estratégicas como saúde e educação, pelo menos é o que se sabe por enquanto.
Na Espanha, onde embarcou esta semana, Ricardo Coutinho, caso realmente profira realmente seja palestrante em alguma Universidade, deve estufar o peito feito ‘galo de chanterclair’ para entoar os ‘avanços do seu governo na Paraíba’, com direito a ‘equilíbrio fiscal’ do Estado, mas certamente omitirá Cruz Vermelha (gaúcha), IPCEP e congêneres, além, claro, de espinafrar o presidente Jair Bolsonaro (PSL), engrossando a chamada ‘resistência lulopetista’.
Outro detalhe que deverá ser omitido por Coutinho sobre a dinheirama recebida do governo federal nos últimos oito anos diz respeito as transferências discricionárias, ou seja, voluntárias de parte do governo Federal da ordem de mais R$ 6 bilhões. Somadas, registra Hélder Moura, em seu blog, totalizam uma conta que passa de R$ 40 bilhões, sem falar que durante a Copa do Mundo de 2014, desembarcou no Estado, a toque de caixa, algo superior a R$ 100 milhões, para reforma de estádios, vide O Almeidão, na Capital.
Portanto, com tanto dinheiro despejado na Paraíba nos últimos anos, o ex-governador poderia ao menos mencionar que foi bastante ajudado pela União, que não é o jornal oficial, mas o ente federativo que tanto o socorreu nos últimos oito anos.
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