Criador e criatura, digamos assim, que de verdade ou não, esforçam-se para demonstrar diferenças, têm muita coisa em comum, a começar pelo último episódio de uma ‘guerra fria’ travada nos bastidores do poder na Paraíba. Cansado de assistir o seu antecessor conjugar o verbo na primeira pessoa do singular, ontem foi a vez do governador da Paraíba, João Azevedo (PSB), assumir o ‘mantra’ e com ele a paternidade de algumas obras da gestão anterior e da qual era auxiliar.
Em entrevista concedida no Palácio da Redenção, Azevêdo disse que muitas vezes o planejamento da obra foi dele. Mais que isso: em outros casos, as obras teriam sido inauguradas sem terem sido concluídas o que estaria acontecendo somente agora.
“Obra não tem dono. Ela é pública e precisa ser concluída. Mas, a verdade tem que ser dita: o Teatro Santa Catarina custou R$ 5 milhões e foi pago em 2018 R$ 250 mil e quem pagou R$ 4,75 milhões foi esse governo. Então, essa disputa é muito pequena. Não precisamos descer a esse detalhe. Vamos terminar todas as obras que começaram. Estou terminando obras que foram consideradas inauguradas no dia 31 de dezembro, mas não estavam sequer prontas”, disse João.
O discurso do governador tem endereço certo e mira Ricardo Coutinho, seu ex-chefe e a quem, por dever de gratidão ou outras coisas mais, fez questão de manter viva sua imagem no governo, a julgar pelos inúmeros cargos de primeiro, segundo e terceiro escalões.
Como que ignorando as “crises” do ninho girassol, ou sendo “ignorada” pelo governador João Azevedo, Viviane Coutinho, irmã do ex-governador, continua à frente da Fundação Casa de José Américo, isso mesmo diante da suposta ‘guerra fria’. O salário “simbólico” é apenas R$ 9.396,00, segundo dados do Sagres do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba.
Seria este este mais um sinal de que a briga seria fake? Com a palavra, o governador João Azevêdo.
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