O ex-senador e ministro Vital do Rego Filho, do Tribunal de Contas da União (TCU), que escapou por muito pouco da prisão, na mais recente operação da Polícia Federal que investiga o pagamento de propinas a candidatos do MDB nas eleições de 2014, no âmbito da Operação Lava Jato, uma vez que sua preventiva foi solicitada pela PF, mas negada pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi o responsável, no dia 8 de outubro último, de mandar suspender propaganda institucional do ministro Sérgio Moro, da Justiça e Segurança Pública, sobre seu pacote anticrime.
A proposta de Moro, que ainda se encontra em discussão no Congresso Nacional, tem sido divulgada por apoiadores da causa do combate à corrupção em várias capitais brasileiras, com anúncios custeados por eles mesmos e sem a subvenção do dinheiro público.
Disse Vital em sua decisão: “Não vislumbro como alinhar a divulgação de um projeto de lei que ainda será discutido pelo parlamento com o objetivo de ‘informar, educar, orientar, mobilizar, prevenir ou alertar a população para a adoção de comportamentos que gerem benefícios individuais e/ou coletivos.” (mais em http://bit.ly/2qkOKFt).
A coincidência é que, menos de um mês depois, Vital termina como alvo de mandados de buscas e apreensão determinados pelo ministro Edson Fachin (Supremo Tribunal Federal). Além de Vital, também foram alvos os senadores Renan Calheiros (MDB-AL) e Eduardo Braga (MDB-AM), todos intimados para prestar depoimento no âmbito da investigação.
Denúncia – A ação é um desdobramento do inquérito nº 4707, que apura supostas doações de R$ 40 milhões feitas pelo grupo Grupo J&F a senadores do MDB nas eleições de 2014, quando Vital disputou o governo do Estado. A informação partiu da delação de Ricardo Saud, que serviu como base para a instauração do inquérito.
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