O ex-secretário de Turismo dos governos Ricardo Coutinho e João Azevêdo, Ivan Burity, sofreu mais um revés na justiça e teve seu pedido de relaxamento de prisão negado pelo juiz Miguel de Britto Lyra, agindo enquanto substituto do desembargador Ricardo Vital, que encontra-se de férias. No último dia 23 de outubro, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) também já havia negado pedido de habeas corpus.
Nos bastidores, a informação que circula é que Burity deve trocar o corpo jurídico de sua defesa até a próxima semana, para que possa iniciar um processo de colaboração com as autoridades que estão à frente da força tarefa da Operação Calvário. Também comenta-se que o ex-auxiliar dos governos do PSB teria adotado uma postura muito mais de colaboração, sobretudo em virtude do grau de pressão emocional que tem enfrentado na prisão.
Ivan foi detido em 9 de outubro último, na fase 5 da operação, resultado especialmente da delação do ex-assessor Leandro Nunes Azevedo. Pelas investigações, Ivan teria sido o elo de propina com a organização social Ipcep, (Instituto de Psicologia Clínica e Educacional), considerada um braço da Cruz Vermelha gaúcha, que tinha contratos de terceirização nas áreas de Saúde e Educação.
O ex-secretário teria conduzido, apenas numa oportunidade, de R$ 1,2 milhão em especie de Curitiba, num avião fretado, segundo Leandro. O dinheiro foi utilizado para irrigar a campanha do então candidato à reeleição Ricardo Coutinho. Noutra oportunidade, durante uma “turnê” por vários Estados, Ivan teria amealhado mais de R$ 4 milhões em propinas a serviço do esquema criminoso.
A operação se deu a partir dos mandados expedidos pelo desembargador Ricardo Vital de Almeida, e teve como alvos, além de Ivan Burity, as prisões preventivas de Jardel Aderico da Silva e Eduardo Simões Coutinho, afora 25 mandados de busca e apreensão, na Paraíba (João Pessoa, Santa Rita e Mataraca) e mais quatro Estados, inclusive na sede do Ipcep.
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