Quatro das sete vítimas do acidente com o avião bimotor Cessna 550 que caiu na última quinta-feira (14) ao tentar pousar na pista de um resort localizado na praia de Barra Grande, em Maraú, no litoral sul da Bahia, foram transferidas hoje (19) para o Hospital Albert Einstein, em São Paulo.
Segundo a secretaria estadual de Saúde da Bahia (Sesab), os quatro pacientes foram transferidos esta manhã, a bordo de uma UTI aérea. Mais três vítimas do acidente permanecem internadas no Hospital Geral do Estado, em Salvador (BA), e o estado clínico inspira cuidados.
Por razões legais, a Sesab não divulga os nomes dos pacientes nem fornece informações sobre o estado de saúde deles. Procurado por meio de sua assessoria, o Albert Einstein confirmou a transferência, mas não forneceu mais detalhes.
Dez pessoas estavam a bordo da aeronave prefixo PT-LTJ, incluindo uma criança de 6 anos. O avião partiu de Jundiaí, no interior de São Paulo, com destino a Maraú, no litoral sul da Bahia, onde tentou pousar na pista de um resort localizado na praia de Barra Grande. As causas do acidente estão sendo apuradas pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) e pela Polícia Civil.
Todas as pessoas a bordo sofreram graves queimaduras após a aeronave pegar fogo – ainda não se sabe se o incêndio começou devido a algum problema que pode ter causado a queda ou se em função do choque com o solo, ocorrido por volta das 14h de quinta-feira.
Três adultos morreram no acidente: a jornalista Marcela Brandão Elias, 37 anos, a assessora de imprensa Maysa Marques Mussi, 27 anos, e o ex-piloto de Stock Car Christiano Chiaradia Alcoba Rocha, Tuka Rocha, 36 anos.
Marcela é mãe do menino de 6 anos que sofreu queimaduras no corpo e foi internado junto com seu pai, Eduardo Trajano Telles Elias, 38 anos, que também estava a bordo do avião. A jornalista era irmã de Maysa Mussi, cujo marido, Eduardo Mussi, também está entre as vítimas do acidente.
Dados do Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB) revelam que o bimotor prefixo PT-LTJ pertence ao banqueiro José João Abdalla Filho, o Juca Abdalla. Fabricada em 1981, a aeronave estava com o certificado de aeronavegabilidade em situação regular, registrada e apta a realizar serviços aéreos privados. Dono do Banco Clássico e apontado como um dos homens mais ricos do Brasil, Juca Abdalla não estava a bordo da aeronave no momento do acidente.
Agência Brasil
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