Dentro da sua rede de serviços que temo objetivo de oferecer um assistência cada vez mais eficiente e humanizada, a Maternidade Frei Damião, que integra a rede hospitalar do Estado, conta com o método ” Canguru” que está completando 40 anos de implantação nas maternidades brasileiras e atende aos bebês que necessitam desse método.
Entre os objetivos, o método possibilita a um contato maior, pele a pele entre mãe e bebê, além de oferecer um maior conforto e aumentar a participação da mãe no cuidado. “sempre temos procurado implantar ações e serviços voltados para a humanização, conforto e qualidade no atendimento aos nossos pacientes”, afirmou a diretora geral da maternidade Frei Damião, Selda Gomes.
A enfermeira Júlia Martins, coordenadora da Unidade de Terapia Intensiva (Alta complexidade), da Frei Damião explica que o bebê considerado prematuro nasce com menos de 37 semanas. ” Nessa hipótese, alguns órgãos não estão totalmente formados, a exemplo, dos pulmões e cérebro, o que requer uma assistência e internação hospitalar prolongada, para que o prematuro possa ganhar peso, crescer e mamar de forma adequada e o objetivo do Projeto Canguru é colaborar no desenvolvimento e recuperação do prematuro e entre os benefícios da assistência estão à melhoria no estado clínico, o conforto do bebê e maior vínculo entre a mãe, o prematuro e equipe”, destacou.
De acordo com a enfermeira. para ter acesso aos serviços ofertados o bebê prematuro precisa estar interno na unidade de saúde, apresentar quadro de saúde estável e condições de receber o método. Os procedimentos realizados sempre em acordo com as equipes multiprofissionais, compostas por médicos neonatologistas, enfermeiras intensivistas e neonatologistas, técnicos de enfermagem, fonoaudiólogos, nutricionistas, fisioterapeutas, psicólogos, além de outros profissionais presentes 24h por dia na unidade de saúde.
A enfermeira ainda orienta sobre a importância do pré-natal na gestação, pois possibilita a identificação dos problemas que podem levar a um parto prematuro.
Informações sobre cada técnica:
O bebê prematuro é colocado em contato pele a pele com sua mãe ou com seu pai. Isto ocorre de forma gradativa. Inicialmente os pais tocam seu filho, para depois colocá-lo na posição canguru. Este contato do recém-nascido com os seus pais inicia de forma precoce e crescente, por livre escolha da família, pelo tempo que os pais se sentirem confortáveis.
O Método Canguru também permite que os pais tenham uma maior participação nos cuidados neonatais e isso ocorre em três etapas:
Primeira etapa: inicia no pré-natal na gestação de alto risco, e, após, na internação do recém-nascido prematuro na Unidade Neonatal. Os pais devem ser acolhidos na Unidade Neonatal, receber informações sobre as condições de saúde do seu filho, os cuidados dispensados, as rotinas, o funcionamento da unidade e a equipe que cuidará de seu filho. Os pais devem ter livre acesso à Unidade e serem encorajados a tocar no bebê. A participação do pai é muito importante. Ele deve ser estimulado a participar em todas as atividades desenvolvidas na unidade. Os estímulos ambientais prejudiciais da unidade neonatal, como ruídos, iluminação e odores devem ser atenuados.
Segunda etapa: nesta etapa o bebê permanece de maneira contínua com sua mãe e a posição canguru deve ser realizada o maior tempo possível. A mãe participa ativamente dos cuidados do prematuro, e deve estar apta para colocar o bebê na posição canguru.
Terceira etapa: é a etapa em que o bebê vai para casa e é acompanhado, juntamente com sua família, no ambulatório e/ou em casa até atingir o peso de 2.500 g.
A transferência para a terceira etapa exige alguns critérios:
– A mãe deve estar segura, motivada, orientada e os familiares conscientes dos cuidados necessários para o bebê em casa;
– A mãe e a família devem assumir o compromisso de realizar a posição canguru pelo maior tempo possível;
– O peso mínimo é de 1.600 g;
– O acompanhamento ambulatorial deve ser assegurado até o peso de 2.500 g;
– O ganho de peso deve estar adequado durante três dias antes da alta;
– O bebê deve estar em amamentação exclusiva no seio materno ou, em situações especiais, a mãe e a família devem estar habilitados a realizar a complementação;
– Após a alta, a primeira consulta deve ser realizada em até 48h, e as demais no mínimo uma vez por semana;
– O atendimento na unidade hospitalar de origem deve ser garantido até a alta da terceira etapa.
Assessoria
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