O ex-secretário executivo de Turismo dos governos Ricardo Coutinho (PSB) e João Azevêdo, Ivan Burity, preso desde o dia 9 de outubro, na quinta fase da Operação Calvário, contou tudo que sabe e mais um pouco em três depoimentos, cada um deles com cerca de 6 horas de duração, e surpreendeu os investigadores pela riqueza informações e profundidade de detalhes. Em 18 horas de gravações, Burity, revelou que o esquema criminoso que teria ensejado a Operação Calvário teve inicio muito antes da chegada de Ricardo Coutinho ao Governo do Estado, mas já no tempos da Prefeitura de João Pessoa e com capilaridade nas mais diversas áreas da administração.
Ontem, conforme apurou o Tá na Área, Ivan Burity foi convocado para uma reunião com o desembargador Ricardo Vital, na Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Paraíba, a portas fechadas. Nos bastidores, a informação que circula é que Ivan Burity deve ser liberado, após a formalização da delação premiada.
A decisão de colaborar com as investigações foi tomada em meio a mais uma negativa de Habeas Corpus, desta feita por unanimidade pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), há duas semanas.
O ex-secretário executivo de turismo da Paraíba foi preso no último dia 9 de outubro, na quinta fase da Operação Calvário, que cumpriu 28 mandados, sendo três de prisão preventiva e 25 de busca e apreensão. Após ser preso, Ivan Burity pediu demissão em carta enviada ao governador João Azevêdo (PSB).
A Operação Calvário visa desarticular uma organização criminosa suspeita de corrupção, lavagem de dinheiro e desvio de recursos em contratos firmados através do Governo do Estado, ainda nas gestões de Ricardo Coutinho (PSB), com Organizações Sociais. A investigação identificou que a organização criminosa teve acesso a mais de R$ 1,1 bilhão em recursos públicos, para a gestão de unidades de saúde, no período entre julho de 2011 até dezembro de 2018.
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