O Ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, autorizou nesta segunda-feira (9) o envio de tropas da Força Nacional para a região onde dois índios da etnia Guajajara morreram durante um atentado registrado no sábado (7) na BR-226, entre as aldeias Boa Vista e El Betel, no município de Jenipapo dos Vieiras, localizado a 506 km de São Luís.
Entenda
- Grupo de indígenas guajajara foi atacado a tiros na BR-226. Dois morreram e dois ficaram feridos.
- Após o crime, os indígenas realizaram um protesto e bloquearam a BR-226.
- FUNAI acredita que índios morreram porque foram associados a assaltos na região.
- Polícia Federal e Polícia Civil iniciaram as investigações.
- Lideranças reagiram à morte dos indígenas.
- Moro autoriza envio da Força Nacional para a região.
-
Sepultamentos
Nesta segunda (9), corpo do cacique Firmino Silvino Guajajara foi sepultado na Terra Indígena Cana Brava, na região de Jenipapo dos Vieiras. A previsão é que o corpo do cacique Raimundo Bernice Guajajara, que também morreu no atentado, seja sepultado ainda nesta segunda.
Sob forte emoção, o sepultamento foi realizado com a presença de familiares e amigos do cacique da aldeia Severino.
Investigações
Um inquérito foi aberto pela Polícia Federal (PF) para investigar o caso. A Polícia Civil do Maranhão encaminhou um relatório à PF e também acompanha as investigações.
Um representante do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos deve realizar ainda nesta segunda (9) uma visita à Terra Indígena Cana Brava. De acordo com a Fundação Nacional do Índio (Funai), o crime pode ter relação com os contantes assaltos registrados no trecho da BR-226.
Protestos
Por quase dois dias, três pontos da BR-226, na entre as aldeias Boa Vista e El Betel, localizado entre os municípios de Barra do Corda e Grajaú, ficaram bloqueados pelos indígenas que protestavam pelo atentado. O trecho só foi totalmente liberado no final da tarde desse domingo (8).
Discussion about this post