A Petrobras manterá sua política de reajuste dos preços de combustíveis de acordo com as cotações internacionais, reafirmou nesta quarta-feira (11) o presidente da companhia, Roberto Castelo Branco.
“Acho que [a atual política de formação de preços] foi positiva para a Petrobras e para o Brasil”, disse o executivo. Ele enfatizou que o petróleo “é uma commodity como outra qualquer, então os preços são livres”.
Castelo Branco reiterou ser contrário à intervenção do governo na formação de preços dos combustíveis. Para ele, “o controle de preços pertence ao museu de armas falidas de combate à inflação”.
Questionado sobre a possibilidade de uma nova mobilização dos caminhoneiros, como a ocorrida em maio de 2018 e que paralisou toda a economia do país, diante dos frequentes reajustes no prelo do Diesel, o presidente da Petrobras foi categórico: “não tenho a menor preocupação”.
Para Castelo Branco, o preço do diesel não tem tanta relevância para os transportadores de carga rodoviária no país. “O problema deles [caminhoneiros] é excesso de oferta”, disse.
Segundo o executivo, “houve uma promoção de crédito irresponsável pelo BNDES” para a aquisição de caminhões no passado recente, o que aumentou a frota disponível no país.
Castelo Branco enfatizou que uma das respostas dadas à greve dos caminhoneiros no ano passado foi o tabelamento de frete, o que teria piorado ainda mais a situação, pois fez com que muitos produtores adquirissem sua própria frota de caminhões como forma de reduzir os custos de transporte.
“Como não existe mais a política irresponsável de crédito subsidiado para aquisição de caminhões, a solução virá pelo lado da demanda com o crescimento econômico”, disse.
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