O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que permaneceu preso por um ano, sete meses e um dia na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, no Paraná, por condenação no processo do tríplex do Guarujá pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, tendo sido solto após o STF (Supremo Tribunal Federal) decidir contra as prisões após condenação segunda instância, prestou solidariedade a quem chamou de “companheiro” Ricardo Coutinho (PSB), alvo da sétima fase da Operação Calvário, denominada Juízo Final.
Em um evento realizado com a participação de artistas, políticos e intelectuais no Espaço Cultural Circo Voador, situado na cidade do Rio de Janeiro (RJ), Lula, que já foi condenado em outro processo, o do ‘Sítio de Atibaia’ e que responde a outros cinco por corrupção e outros predicados, afirmou que “até prova em contrário, tenho certeza que ele (Ricardo) é inocente”.
– Queria começar prestando solidariedade a um companheiro que ontem foi denunciado e [a quem] foi dada uma ordem de prisão, que é o nosso companheiro ex-governador da Paraíba Ricardo Coutinho – registrou logo na abertura de seu discurso.
Ainda na ocasião, o ex-presidente criticou o pedido, feito pela Polícia Federal, de inclusão do nome do ex-governador na lista vermelha de difusão da Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal).
O correto, na opinião de Lula, era ter esperado o ex-governador voltar para o Brasil para, então, ser submetido a um “julgamento justo e decente”. “E se provarem, que ele ou qualquer um de nós é culpado, que se prenda”, afirmou.
O ex-presidente Lula, no entanto, não se refere a qualquer tipo de demonstração de culpa quando fala sobre julgamento justo: “Que prove que ele é culpado, não por um delator, mas pelas provas e pelos autos do processo”.
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