Trauma em boas mãos
Por Ivandro Oliveira
O maior complexo hospitalar da Paraíba voltará a ser gerido por mãos idôneas e competentes depois de quase duas décadas. A nomeação do médico Laércio Bragante de Araújo para comandar o Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, em João Pessoa, é a sinalização de que o governador João Azevedo pretende mudar a trajetória da unidade de saúde, despudoradamente atacada nos últimos anos pela chaga da corrupção que se alastrou por todas as áreas da administração e sob a inspiração maligna de um ‘projeto’ de força, coação e de poder.
Em meio ao cenário de nebulosidade que paira sobre sua cabeça, eis que João Azevedo, certamente por orientação de seu secretário de Saúde, Geraldo Medeiros, resolve estancar a sangria que ameaçava a continuidade dos serviços do mais importante hospital público do Estado, colocando alguém não apenas com a capacidade moral para conduzi-lo daqui em diante, mas com o necessário zelo profissional para tanto.
Especialista em Cirurgia de Cabeça e Pescoço e em Medicina Intensiva, Laércio Bragante de Araújo é daqueles profissionais que sempre praticaram a medicina como sacerdócio de vida. Agora, diante do novo desafio, não menos nobre que o abraçado desde e Juramento de Hipócrates, o médico que tantas vidas salvou, inclusive na peleja vivida por minha mãe doze anos atrás, assume o não menos nobre desafio de recuperar o Trauma.
De forma particular, por Dr. Laércio, guardo a melhor das avaliações, não apenas pela relação de amizade construída ao longo de doze anos, mas por tudo que ouvi e vi durante 80 dias de convivência na UTI do mesmo Trauma (período em que minha mãe esteve internada em 2008) que passa a dirigir a partir de agora. Se o Trauma precisava de um homem sério, responsável e capaz de colocar em ordem sua estrutura física e humana, saiba, governador, que simplesmente achou, muito embora, diga-se, precise mais que isso para voltar a ser o mesmo hospital tão bem dirigido por seu primeiro diretor, o também médico Ginaldo Lago, ainda no inicio das atividades do nosocômio no governo Maranhão II.
Mas, apesar de tudo, a tarefa de tirar o Trauma do atoleiro que se meteu nos últimos anos de governos socialistas não será nada fácil, daí a necessidade urgente de ofertar carta mais alva que neve ao novo gestor, na certeza de assim fazendo, a unidade voltará a viver novos tempos, longe da corrupção que tanto a traumatizou e muito fez mal à Paraíba e aos paraibanos.
De longe, mas ao mesmo tempo tão perto, o nosso desejo é que Dr. Laércio e sua equipe possam ter pleno êxito em suas missões, pelo bem da Paraíba e em favor do seu e da sua gente.
Boa sorte, amigo!
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