“O jogador vem de outro país, outra cultura. Precisa de tempo para se adaptar”. “Ele é muito jovem, ainda está amadurecendo e vai evoluir”. São dois argumentos muito citados em análises sobre atletas que têm alguma das duas condições e não rendem. É inegável que a mudança de país e a pouca idade podem ser desafios para alguns atletas. Uns lidam melhor com isso, outros têm mais dificuldade. Dylan Borrero, novo reforço do Atlético-MG, terá que superar os dois: a mudança de país e a juventude.
A “joia colombiana”, como foi anunciado oficialmente pelo Galo, tem apenas 18 anos e 9 dias de idade. É, com larga folga, o jogador estrangeiro que chegou mais jovem ao time profissional do Atlético na história.
Dylan Borrero, meia do Atlético-MG de apenas 18 anos de idade — Foto: Bruno Cantini/Atlético-MG
Antes dele, só um atleta chegou ao clube com menos de 20 anos completos: David Adjei, atacante ganês que se transferiu ao Galo no início de 1997. Chegou aos 19 e, pouco depois, em março daquele ano, completou 20 anos de idade.
Outro que chegou ao Galo muito jovem foi o zagueiro uruguaio Martín Rea, contratado em agosto de 2018, aos 20 anos. Meses depois, em novembro, completou 21. No meio de 2019, rescindiu contrato amigavelmente.
Uma coisa David Adjei e Martín Rea tiveram em comum no Atlético: passagens apagadas e curtas. O ganês fez apenas dois jogos e marcou um gol. O zagueiro uruguaio também atuou por apenas duas partidas com a camisa do Galo, ambas no Campeonato Mineiro.
Martín Rea ficou no Galo por pouco menos de um ano e jogou apenas duas vezes — Foto: Bruno Cantini/ Atlético-MG
Dylan Borrero, portanto, tem três desafios interessantes pela frente: superar a dificuldade natural causada pela mudança de país, driblar a pouca experiência – natural da idade – e seguir um caminho diferente daqueles estrangeiros que chegaram ao Atlético muito jovens.
Personalidade para isso, ao menos na entrevista coletiva de apresentação, ele mostrou que tem. E “segurança contratual” também, já que o vínculo do garoto com o Galo vai até o fim de 2024. É tempo suficiente para Dylan mostrar serviço e, quem sabe, encorajar o Atlético a investir em outros jovens gringos que despontam por aí.
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