O governador João Azevedo, finalmente, resolveu sair do ‘muro’. Após a ‘guerra fria’ travada com o seu antecessor no Palácio da Redenção, Ricardo Coutinho, que o levou a sair do PSB, partido pelo qual foi eleito no último pleito, o gestor estadual decidiu migrar para o partido de dois dos seus mais próximos auxiliares, Nonato Bandeira, Secretário de Comunicação) e Ronaldo Guerra (Chefia de Gabinete).
João Azevedo agora é do Cidadania (antigo PPS) e com ele a indicação de que também muda sua postura ideológica, pelo menos em tese, porque, aparentemente, saí a malfadada ‘resistência lulopetista’ para dar lugar ao tom mais moderado e de centro direita. Para se ter uma ideia, o novo partido do governador apoiou a candidatura do tucano Geraldo Ackmim à presidência da República nas eleições de 2018, e sua bancada de deputados federais apoiou e votou integralmente pelo impeachment da ex-presidente Dilma Roussef (PT).
João Azevedo dá sinalizações claros de afastamento do ‘lulopetismo’ , sobretudo pelo fato do presidente da legenda, o ex-deputado Roberto Freire, é muito próximo do PSDB, atualmente comandado pelo grupo do governador João Dória Júnior, de São Paulo, crítico contumaz dos desmandos de corrupção cometidos pelas gestões petistas.
Para João Azevedo, a opção pelo Cidadania se deu após muita reflexão e reuniões com aliados. Também, segundo ele, a ’Carta de Princípios’ do partido, publicada em 24 de março de 2019, também pesou, uma vez que entre os princípios pregados pela legenda destacam-se, entre outros, “o combate à pobreza e às desigualdades sociais; a responsabilidade fiscal em respeito aos impostos que são fruto do trabalho dos cidadãos; pluralidade como prioridade na construção dos debates e processos de deliberação do partido; acesso à educação como principal vetor de cidadania; e a defesa do fortalecimento das instituições democráticas.”
O governador informou que, a partir de agora, o momento será de ampliação do partido que é dirigido por Ronaldo Guerra, seu auxiliar no governo. “Vamos inserir as novas lideranças, os representantes dos movimentos sociais e cívicos, os pré-candidatos em 2020, os prefeitos e vereadores. Tudo isso sem atropelar as instâncias e o calendário dos congressos definidos pela direção nacional, sempre com a concepção de agregar e qualificar cada vez mais o debate político e cidadão em nosso estado e no país”, disse João Azevêdo.
Discussion about this post