Correspondente do New York Times, Larry Rohter, o mesmo que Lula, no exercício da presidência, tentou expulsar do Brasil por críticas ao seu governo na época, declarou à revista Época que Glenn Greenwald, norteamericano radicado no Brasil e casado com o deputado do Psol, David Miranda, “é um instrumento político do PT e seus aliados.”
Para ele, “o propósito principal das reportagens dele não é elucidar fatos ou sanear abusos; sua finalidade fundamental é fortalecer a (falsa) narrativa de que Lula nunca fez nadinha de errado, ilegal ou corrupto, e que o ex-presidente condenado é vítima de uma caça às bruxas. É o mesmo argumento de Donald Trump, e é igualmente desonesto”, externou.
Larry Rohter prosseguiu, segundo a Época:
“Olha, se Glenn deseja investigar um escândalo ainda maior do que a aparente conivência entre Moro e Deltan Dallagnol, tenho uma sugestão. O sumo mistério político brasileiro do século XXI continua sendo o assassinato de Celso Daniel, prefeito de Santo André e coordenador da campanha de Lula, em 2002. Quem o matou e por quê? Sempre sustentei que a verdadeira razão pela qual Lula tentou me expulsar em 2004 era que o PT sabia que eu estava investigando o caso: numa entrevista a mim, um dos irmãos do prefeito havia citado Gilberto Carvalho e José Dirceu, assessores íntimos de Lula, como chefes de um esquema de corrupção maciço de arrecadação de fundos. Isso bem antes do Mensalão ou da Lava Jato.
Talvez Glenn não tenha ouvido falar do caso, sendo que o assassinato de Celso Daniel ainda incomoda — e quiçá implica — alguns dos correligionários dele. Mas o caso permanece sem resolução, assombrando a política brasileira, e como tal deve chamar a atenção de qualquer repórter que se preze de fazer jornalismo investigativo.”
Com O Antagonista
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