A vida do governador João Azevedo não deve ser fácil na Assembleia Legislativa nos próximos dias. Novo líder do G11, o deputado Felipe Leitão disser ser “totalmente a favor” da abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os desvios de recursos públicos apontados na Operação Calvário, e revelou que só não assinou ainda o documento porque não foi procurado pelos deputados de oposição que defendem o processo no parlamento.
Leitão, que foi entrevistado no Correio Debate, da 98 FM, na Capital, destacou que o pedido de impeachment do governador João Azevêdo, em tramitação na Casa de Epitácio Pessoa, “merece maior aprofundamento das discussões”. Segundo ele, os rumores são de que a peça jurídica que formula a denúncia tenha entre 300 e 500 páginas, com carga probatória robusta, incluindo relatórios da Polícia Federal e do Ministério Público da Paraíba, por meio dos promotores que compõem o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público Estadual (MPE).
O parlamentar ponderou ao salientar que não pode fazer fazer um juízo de valor sobre o impeachment. “Preciso me debruçar sobre o que efetivamente consta nessa peça, que foi dada entrada pelo deputado Wallber Virgolino”, avisou ao realçar a necessidade de prudência.
Acerca da proposta de criação da Fundação PBSaúde, que chegou a ser discutida na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) no fim do ano passado, mas não avançou por conta dos desdobramentos da “Operação Calvário”, o líder do G11 afirmou que o tema é complexo.
Ele argumenta que os deputados estaduais receberam vasta documentação encaminhada pelo procurador Eduardo Varandas, do Ministério Público do Trabalho na Paraíba, que aponta inconstitucionalidades no projeto, como se fosse uma espécie de “cheque em branco” ofertado ao secretário de Estado da Saúde, Geraldo Medeiros, e ao Governo do Estado.
“O que a Assembleia tem que analisar? Vale a pena dar esse cheque em branco ao Governo? Ou aos governos que virão daqui a alguns anos? Então, nós estamos analisando, já peguei a matéria para estudá-la e emitir um parecer, pois, sou da Comissão de Constituição e Justiça. É uma matéria que não é fácil.
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