Sem atuar por conta da epidemia de coronavírus na China, o atacante Hulk, que tem contrato com Shanghai SIPG até dezembro, está mais do que liberado a utilizar as dependências da Academia de Futebol do Palmeiras.
Em visita na última terça-feira, o jogador de 33 anos, palmeirense declarado, ouviu da diretoria que as portas do centro de treinamento estarão abertas caso ele tenha necessidade, durante o tempo que for preciso.
Ainda não se sabe, porém, quando serão retomadas as atividades no futebol chinês. Por enquanto, o que está mais próximo de acontecer é que seus filhos treinem nas categorias de base do clube, possibilidade tratada também no bate-papo com os dirigentes.
O Palmeiras cerca Hulk porque há um interesse mútuo de que um dia ele vista a camisa alviverde. Mas agora não há como competir com o salário que recebe: € 23,4 milhões (R$ 101 milhões) por temporada, segundo publicou a revista France Football, em 2019. São quase R$ 8,5 milhões por mês.
A única e remota esperança de tê-lo já neste ano é justamente a situação excepcional que vive a China. A diretoria está atenta ao que acontecerá com as competições locais, ao mesmo tempo em que se questiona se seria produtivo eventualmente contar com seu futebol por poucos meses, por exemplo.
Ao menos para o futuro, além do coração, o Palmeiras tem uma boa arma: João Paulo Sampaio. O coordenador geral das categorias de base do clube foi treinador de Hulk nas divisões inferiores do Vitória – e também o responsável por transformar o então lateral em atacante, antes de ele ser promovido ao time profissional e fazer carreira no exterior.
Foi por um convite do hoje dirigente, inclusive, que o jogador esteve na arena para ver a vitória sobre o Mirassol, no último domingo, dois dias antes da visita para conhecer também a Academia de Futebol.
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