O dólar opera em alta nesta quinta-feira (27), atingindo pela primeira vez a cotação de R$ 4,48 e subindo pela sétima sessão consecutiva, em meio a temores sobre a expansão do coronavírus e impactos na economia global.
Às 11h03, a moeda dos EUA era negociada a R$ 4,4826, com alta de 0,94%. Na máxima até o momento, chegou a R$ 4,4841. Já o dólar turismo era negociado ao redor de R$ 4,70. Veja mais cotações.
Já o Ibovespa opera em queda de mais de 2%, após tombo de 7% na sessão anterior.
Na véspera, o dólar fechou em alta de 1,10%, a R$ 4,4407, renovando recorde de fechamento nominal (sem considerar a inflação), em meio ao avanço da epidemia de coronavírus pelo mundo e com a confirmação do primeiro caso no Brasil. Na máxima da sessão, chegou a R$ 4,4475, até então a maior cotação nominal intradia já registrada no país. No mês, o dólar acumulou alta de 3,63%. Em 2020, já subiu 10,75%.
Em uma tentativa de limitar a disparada do dólar — que já sobe pela sétima sessão consecutiva e acumula alta de mais de 10% este ano — o Banco Central realizou neste pregão leilão extraordinário de até 20 mil swaps tradicionais com vencimento em agosto, outubro e dezembro de 2020, conforme anunciado na quarta-feira, em que vendeu todos os contratos ofertados, destaca a Reuters.
Tensão global
O número de novas infecções por coronavírus na China, fonte do surto, foi pela primeira vez superado por novos casos no restante do mundo na quarta-feira, aumentando os temores de uma pandemia.
As bolsas europeias tinham mais um dia de queda nesta quinta. Investidores temem os impactos do avanço do coronavírus no crescimento da economia global e mais empresas alertaram que o surto afetará seus lucros e resultados, incluindo Microsoft e AB InBev.
“O impacto do coronavírus continua sendo uma incógnita e uma ameaça para a economia mundial”, resumiu em nota Jefferson Rugik, da Correparti Corretora, citando movimentos de proteção.
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