Profissionais da Vigilância Epidemiológica (VIEP) da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) estão monitorando toda rede de assistência em saúde pública e privada de João Pessoa para identificar e diagnosticar de forma precoce possíveis casos de doenças infectocontagiosas. A medida preventiva é um alerta principalmente para os novos quadros de doença respiratória causada por um novo agente SARS-CoV-2, que provoca a doença chamada de coronavírus (COVID-19).
No início de fevereiro, gestores dos serviços da rede municipal para discutiram sobre o fluxo e protocolos de assistências para casos suspeitos ou confirmados de doenças de transmissão respiratórias – principalmente influenza humana e coronavírus. Também foram realizadas qualificações com profissionais das portas de urgências e ambulatoriais da rede públicas e privadas sobre os primeiros cuidados, orientação para os serviços de referência e para importância do uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI).
Seguindo as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS), as equipes de Vigilância dos estados e municípios, bem como quaisquer serviços de saúde, devem ficar alerta aos casos de pessoas com sintomatologias respiratórias e que apresentam histórico de viagens para áreas com transmissão local nos últimos 14 dias.
“Não há necessidade para pânico. Estamos com equipes capacitadas para fazer o monitoramento de casos suspeitos de coronavírus e seus contatos, que inclusive atuam nas ‘Unidades Sentinelas’, que são serviços que já monitoram a circulação viral durante todo ano, desde 2013”, destacou Adalberto Fulgêncio, secretário de saúde de João Pessoa. “A melhor medida preventiva para evitar quaisquer doenças de transmissão respiratória é manter a higiene das mãos, com água e sabão ou uso do álcool em gel 70%, além do cuidado ao tossir e espirrar, cobrindo a face e utilizando lenços descartáveis”, completou o gestor.
Apesar de o estado ter a primeira suspeita do vírus, a Secretaria Municipal de Saúde informou que inexiste qualquer risco imediato de propagação da doença. De acordo com o secretário de Saúde, Adalberto Fulgêncio, as primeiras medidas foram adotadas há aproximadamente 30 dias com a primeira etapa de treinamento das equipes de vigilância epidemiológica. “João Pessoa é a porta de entrada de urgência e emergência para dezenas de municípios paraibanos. As ações preventivas pretendem dar maior celeridade ao diagnóstico. Não há razão para alarde, estamos agindo no sentido de prevenir, seguindo protocolos internacionais”, disse.
Dados – De acordo com o Ministério da Saúde (MS), até a última quarta-feira, 20 casos suspeitos de infecção pelo coronavírus estão sendo monitorados pelo em sete estados do País (PB, PE, ES, MG, RJ, SP e SC)). O Brasil registrou o primeiro caso de coronavírus, em São Paulo. Ao todo, outros 59 casos suspeitos já haviam sido descartados após exames laboratoriais apresentarem resultados negativos para o coronavírus.
Coronavírus – É uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (nCoV-2019) foi descoberto em 31/12/19 após casos registrados na China.
Os primeiros em humanos foram identificados em meados da década de 1960. A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem com o tipo mais comum do vírus. Os vírus mais comuns que infectam humanos são o alpha coronavírus 229E e NL63 e beta coronavírus OC43, HKU1.
Os sinais e sintomas clínicos do novo coronavírus são principalmente respiratórios, semelhantes a um resfriado. Podem, também, causar infecção do trato respiratório inferior, como as pneumonias. Os principais são sintomas são: febre, tosse e dificuldade para respirar.
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