Heverton está envolvido em um novo imbróglio judicial. Pivô da queda da Portuguesa para Série B em 2013, o meia, que atualmente joga no Real (DF), comprou uma padaria em março de 2017, em São Paulo, e agora está sendo acusado de estelionato pela proprietária do local.
Na época em que adquiriu o negócio, em entrevista ao GloboEsporte.com, o jogador afirmou que estava “cansado do futebol”, por isso tinha se aposentado e iria investir em uma padaria. No começo de 2018, após dois anos parado, Heverton retornou ao esporte para atuar pelo Real (DF).
Eliana Jatobá, dona da padaria Nova Veredas, localizada no bairro da Mocca, em São Paulo, diz que o meia “destruiu sua propriedade”.
– Ele comprou a padaria que era minha e do meu marido, se dizendo ser jogador da Portuguesa, que tinha condições de mantê-la e assumir os compromissos. Vendemos a ele com a condição de que desse continuidade no negócio e assumisse todos os débitos em contrato. Ele é um golpista. Não pagava o aluguel do local há mais de quatro meses, não pagou as dívidas. Eu consegui o mandato judicial para reaver o estabelecimento. Ele tirou quase tudo da padaria. Só deixou alimento podre. Não tinha condição de entrar lá. Levamos um golpe. Ele é um ex-jogador golpista, um estelionatário. Ele colocou mercadoria roubada na minha padaria – afirma Eliana Jatobá.
Ele colocou mercadoria roubada na minha padaria – afirma Eliana Jatobá.
O GloboEsporte.com teve acesso ao processo judicial e ao boletim de ocorrência contra Heverton, nos quais constam as acusações citadas acima pela proprietária da padaria. Em 10 de janeiro deste ano, foi expedido um mandato para que o jogador devolvesse a padaria, já que não havia cumprido o que foi combinado em contrato.
O meia se defende:
– Estou acostumado com pessoa falando besteira de mim. Não tem nada a ver isso aí. Nunca tinha trabalhado nesse ramo de padaria. Quando peguei, a situação do lugar estava bem ruim. Acabei tendo problema com meu sócio. Deixei na mão dele. As coisas no Brasil hoje estão bem difíceis. Voltei a jogar e não tem como administrar a padaria de longe, por isso acabei fechando nesse momento – diz Heverton.
O meia também explicou o motivo para retornar ao futebol:
– O presidente do Real é meu grande amigo. Voltei por causa do projeto dele, quer ser como um Audax de Brasília. Achei que voltaria como dirigente, mas quando vi, já estava jogando. Estou me dedicando muito. O futebol está na minha veia, no meu sangue. Sentia muita falta.
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